Ele prometeu “remover restrições sobre tópicos como migração e gênero que estão fora de sintonia com o discurso convencional” e diminuir filtros contra conteúdos nocivos, porque vê isso como censura.
Disse que vai vai trocar os moderadores de conteúdo que moram na Califórnia (um estado mais progressista, que vota do Partido Democrata) por profissionais no Texas (mais conservador e que dá vitória ao Partido Republicano, de Trump) para evitar ajudar “a remover a preocupação de que funcionários tendenciosos estão censurando excessivamente o conteúdo”.
E vai mudar os algoritmos para voltar a priorizar conteúdo político, que ele vinha evitando para conter a ultrapolarização.
“Mas a medida de maior impacto é o anúncio de que a Meta vai fazer uma parceria com o novo governo Trump para combater a regulação na Europa que, segundo ele, prejudica a liberdade de expressão e as empresas americanas, além de combater o que chamou de práticas de censura judicial na América Latina, o que é um recado para o STF brasileiro”, disse Pablo Ortellado, coordenador do Monitor do Debate Político no Meio Digital da Universidade de São Paulo.
Zuckerberg afirmou que países da América Latina têm ‘tribunais secretos’ que podem ordenar que empresas silenciosamente derrubem algumas coisas”. Apesar de não citar o Brasil, a crítica ecoa as reclamações de Elon Musk e da extrema direita contra o ministro Alexandre de Moraes e o STF, que suspenderam a operação do X após a empresa se negar a cumprir ordens judiciais.
Ele também criticou Europa que, segundo ele, tem aprovado “um número cada vez maior de leis que instituem censura” e que dificultam a inovação. Defendeu que as leis dos EUA sejam usadas como modelo para liberdade de expressão no mundo, ignorando as legislações locais.
noticia por : UOL