Ao anunciar a elevação de tarifas, Trump estava violando uma regra internacional do comércio. A imposição de barreiras financeiras também era uma violação.
Os americanos ainda estavam violando as convenções consulares ao suspender a emissão de vistos e revogar a autorização de outros. Nada disso importa para Trump, que assumiu com a promessa de que voltaria a ser “respeitado”.
O que não inclui respeitar nem o direito internacional e nem a humanidade do outro. Marco Rubio, seu chefe da diplomacia e filho de imigrantes cubanos, deixou escapar em sua sabatina no Senado americano, na semana passada, que existia a possibilidade de usar a chantagem como instrumento para forçar países a aceitar suas exigências. Segundo ele, “acordos comerciais” poderiam ser evocados em temas migratórios.
Uma outra forma de dizer que sanções comerciais poderiam ser aplicadas a quem não estivesse seguindo a cartilha Trump. Naquele momento, sua fala acendeu um sinal de alerta entre diplomatas estrangeiros. Agora, Trump e Rubio mostram que esse será o caminho.
Resta saber como a América Latina irá se preparar para os próximos quatro anos.
noticia por : UOL