25 C
Cuiabá
quarta-feira, janeiro 8, 2025

Trump diz que vai mudar nome do Golfo do México para 'Golfo da América' e ameaça retomar Canal do Panamá com uso da força


Republicano diz que quer controlar a Groenlândia, que atualmente é administrada pela Dinamarca, a insinuou que o Canadá deveria ser incorporado aos EUA. Afirmações foram feitas durante coletiva de imprensa, nesta terça-feira (7). Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, dá coletiva de imprensa em Mar-a-Lago em 7 de janeiro de 2025.
REUTERS/Carlos Barria
A duas semanas da posse, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (7) que vai mudar o nome do Golfo do México para “Golfo da América”. Durante coletiva em Mar-a-Lago, o republicano não descartou o uso militar para tomar o controle do Canal do Panamá ou da Groenlândia.
✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp
“Nós vamos mudar o nome do Golfo do México para ‘Golfo da América’, que nome bonito. É apropriado porque o México tem um déficit enorme com a gente, e nós fazemos todo o trabalho lá”, afirmou Trump. “América” é o jeito como os norte-americanos se referem aos EUA.
Ainda não está claro o que Trump pretende com a fala nem como ocorreria essa mudança de nome. Também não ficou claro se seria apenas o nome que mudaria, ou se faria referência também ao controle da região.
O Golfo do México é o maior golfo do mundo, sendo cercado por terras da América do Norte e da América Central. A região tem uma superfície de aproximadamente 1,55 milhão km², e seu subsolo é rico em petróleo. Além dos EUA, o golfo banha diversos países da América Latina e do Sul.
O republicano reiterou que aplicará “tarifas pesadas” para o México e o Canadá, alegando ser para compensar pelo alto fluxo de drogas entrando nos EUA.
Trump voltou a falar sobre o Canal do Panamá, o qual ele já disse ter a intenção de tomar o controle durante seu governo. O canal é atualmente controlado pelo governo do Panamá, mas foi dos EUA até 1999. O republicano também não descartou a coerção militar e econômica ao canal ou à Groenlândia.
“O Canal do Panamá foi construído para o Exército dos EUA. Ele é vital ao nosso país e está sendo operado pela China, e estão fazendo uma catástrofe. Dar o canal do Panamá ao Panamá foi um grande erro”, afirmou Trump. Não há evidências de que a China controle o Canal do Panamá.
Trump ameaçou mais de uma vez o Hamas, dizendo que “vai abrir as portas do inferno no Oriente Médio” caso os reféns israelenses mantidos pelo grupo terrorista em Gaza não tenham sido libertados até ele assumir o cargo, em 20 de janeiro. Ele já havia utilizado a expressão “all hell to pay”, que pode ser traduzida como “haverá um sério problema” ou “vão pagar caro”.
“Se os reféns não estiverem de volta até o momento em que eu assumir o cargo, o inferno irá se desencadear no Oriente Médio, e isso não será bom para o Hamas e, francamente, não será bom para ninguém”, disse o republicano.
O enviado especial de Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, disse nesta terça estar “muito esperançoso” por boas notícias sobre os reféns até a posse de Trump.
Veja onde fica o Golfo do México, que Trump promete mudança de nome para ‘Golfo da América’.
Equipe de arte/g1
Durante a coletiva, Trump voltou a criticar o presidente Joe Biden. Afirmou que o democrata “não sabe fazer nada” e que a guerra da Ucrânia não teria ocorrido se ele fosse presidente. O republicano acrescentou que o conflito tem a possibilidade de escalar.
Trump também mencionou outros tópicos geopolíticos durante sua coletiva. Veja alguns abaixo:
Criticou os juízes de Nova York, principalmente Juan Merchan, à frente do caso criminal em que ele foi condenado do dinheiro pago à atriz pornô.
Afirmou estar considerando usar “força econômica” para fundir o Canadá e os EUA, chamando a fronteira de uma “linha artificial” e dizendo que os EUA gastam demais para defender o Canadá e têm um déficit comercial com o país. Ele também declarou que os EUA não deveriam comprar carros ou madeira do Canadá e que “não precisa” dos produtos do vizinho.
Afirmou que revogará imediatamente a ordem assinada por Biden nesta semana que proíbe a exploração de petróleo em áreas da costa dos EUA.
Prometeu “perdões em massa”, por exemplo no caso dos condenados pela invasão ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021.
Vai considerar sanções econômicas à Dinamarca por conta da Groenlândia. O país europeu administra a ilha no Atlântico Norte, que Trump quer tomar para os EUA.
Voltou a criticar a Otan, afirmando que o incentivo financeiro à aliança militar deveria ser 5% do nível atual.
Chamou de “falsas” as investigações do agente especial Jack Smith, parte de uma “caça às bruxas fraudulenta” contra ele. Smith, que desistiu das acusações após a eleição de Trump, foi proibido nesta terça (7) pelo Departamento de Justiça de publicar um relatório sobre seus achados.
Falou que os EUA estão entrando na “Era de ouro”.
source
Fonte: G1

PUBLICIDADE

NOTÍCIAS

Leia mais notícias