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Os trabalhadores do Hospital Universitário Júlio Müller, em Cuiabá, encerraram a greve nesta sexta-feira (30), após audiência de conciliação na Justiça do Trabalho, em Brasília. A categoria cobrava reajuste salarial, que será analisado através do acordo coletivo que tramita no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Contudo, na conciliação, os trabalhadores conseguiram a manutenção dos direitos sociais e econômicos por mais um ano, como a antecipação em 50% do 13º salário na folha de pagamento de junho.
Na audiência, o advogado da União, Mário Guerreiro, salientou que as recomposições salariais podem ser barradas por causa do período eleitoral, que impede qualquer aumento enquanto durar o pleito.
No entanto, a ministra Delaíde Miranda Arantes relembrou que a legislação eleitoral não afeta os salários corrigidos em negociação coletiva. Com isso, o processo deu andamento e os acordos coletivos foram marcados para serem apreciados em outubro.
A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), responsável pelos hospitais universitários no país pelo Sistema Único de Saúde (SUS), informou, em nota, que as cláusulas econômicas serão julgadas pelo TST, o que possibilitou o fim da greve e um desfecho para os acordos coletivos.
Impactos
A greve foi iniciada na quarta-feira (21), após deliberação em plenário nacional com as entidades sindicais. Na capital, o movimento começou na sexta-feira (23).
Em Cuiabá, o hospital universitário Júlio Müller teve uma redução no atendimento de 60% na parte médica e assistencial, enquanto na parte administrativa, foi de 50%, segundo o sindicato dos Servidores Públicos Federais de Mato Grosso.
As cirurgias de urgência e emergências tinham sido mantidas, apenas as novas cirurgias eletivas estavam sob risco de serem adiadas. Com o fim da greve, o atendimento volta ao normal.
Nota na íntegra da empresa
Em audiência realizada na data desta quinta-feira (29), foi definida a manutenção das cláusulas sociais do ACT vigente por mais um ano. As cláusulas econômicas serão encaminhadas para julgamento pela Sessão de Dissídios Coletivos do Tribunal Superior do Trabalho ainda no mês de outubro.
As entidades sindicais se comprometeram com o fim da greve nesta sexta (30), até às 16h.
Essas medidas possibilitarão o fim da greve e o célere desfecho do ACT, como vinha sendo amplamente defendido pela empresa e aguardado pelos empregados.
InformaMT/G1