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sábado, novembro 23, 2024

Técnicos e enfermeiros ameaçam greve caso não recebam verba Covid-19 no PS/VG

InformaMT

Uma enfermeira contou à reportagem do VGN na manhã desta terça-feira (13.04), que os técnicos e enfermeiros que estão trabalhando na linha de frente no Pronto-Socorro de Várzea Grande (PS/VG), estão revoltados com a administração do município, pois não estão recebendo a verba Covid-19, assim como os servidores da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Ipase, ambos referência no tratamento ao coronavírus.

Segunda ela, em fevereiro, o Sindicato dos Profissionais de Enfermagem (Sinpen) se reuniu com o secretário Gonçalo Barros para discutir o enquadramento e reenquadramento, salário de contratados equiparados ao inicial dos concursados, equipamentos de proteção individuais (EPIs), não aceitação de atestados, entre outros assuntos. Os pedidos seriam avaliados.

A servidora contou ainda que após pressões por parte do Sindicato, uma nova reunião foi marcada para a tarde desta terça (13). “Estamos esperando que nossas reivindicações sejam atendidas, se não a categoria vai entrar em greve. Estamos arriscando nossas vidas e merecemos receber todos iguais”, declarou ela.

A profissional de saúde ainda relatou que outras mazelas estão acontecendo na saúde do município. Conforme a enfermeira a Secretaria de Saúde está contratando profissionais da área para trabalharem na Unidade do bairro Jardim Glória, e estão oferecendo mais que o dobro do salário.

“Essas novas contratações estão prejudicando o Pronto-Socorro, pois tem funcionários pedindo conta do PS para entrar no Jardim Glória. Eles não estão errados, querem ganhar melhor, mas isso vai prejudicar o atendimento no Pronto-Socorro e pode causar um caos maior na saúde do município”, avaliou.

A servidora reforçou a revolta, lembrando que todo mês o técnico de enfermagem perde R$ 250 e o enfermeiro perde R$ 600 reais do salário em decorrência do não cumprimento da Lei nº 3.507/2010 do Plano de Cargo, Carreira e Vencimentos da Secretaria Municipal de Saúde (PCCS), que estabelece normas gerais de enquadramento, e dá outras providências. “Já vai para o quarto ano que os profissionais estão perdendo, nesses três anos já são mais de R$ 12 mil perdido para cada profissional da categoria”, explicou ela.

Outro lado – Durante a sessão ordinária na Câmara dos Vereadores, na manhã desta terça-feira (13.04), o vereador Ivan dos Santos (solidariedade), questionou o secretário Gonçalo Barros sobre esse assunto da verba Covid-19, e o gestor da pasta confirmou a reunião com o Sindicato ainda nesta terça e disse que não sabe de onde eles vão tirar [dinheiro], mas assegurou que a categoria será atendida, pois não acha justo que os funcionários do PS não recebam a verba Covid-19.

O secretário de comunicação da Prefeitura de Várzea Grande, Marcos Lemos emitiu uma nota esclarecendo se existem algumas divergências salariais entre servidores que praticam o mesmo trabalho na área de saúde.

“O Secretário Gonçalo Barros, por determinação do prefeito Kalil Baracat, em comum entendimento com os secretários da área econômica e com a Procuradoria Municipal analisam todo o cenário e os impedimento legais impostos pela Emenda Constitucional que promoveu o socorro aos Estados e Municípios, tanto no que diz respeito às perdas econômicas como em relação à COVID 19 e os recursos repassados para este fim. Em suma, precisa haver a construção de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários para corrigir as distorções, mas ele esbarra na proibição da emenda constitucional que veda todo e qualquer aumento no valor da folha de pagamento até o final deste ano de 2021. A construção que está em curso tenta equilibrar os valores com gratificações instituídas em lei, sem que isto desrespeite a legislação e promova penalidades tanto para o secretário municipal, como para o prefeito e suas obrigações em cumprir a lei de forma estrita”.

Ele explicou ainda, que em uma reunião ontem (12), com representante da enfermagem, Gonçalo ficou de ainda nesta semana apresentar uma proposta que vise primeiramente cumprir a parte legal, ou seja, vencer os obstáculos legais para então tratar do impacto na folha de pagamento para saber se não desrespeitaremos os limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal que limita em 49% os gastos com salário do Poder Executivo.

 

InformaMT/VGNoticias

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