sexta-feira, 13, junho , 2025 01:34

Socialistas da Espanha querem destruir o catolicismo no país

Depois do Vale dos Caídos em Madri, agora a Espanha do caudilho Sanchez quer o fim do “Sagrado Coração” de San Sebastián, o capítulo mais recente de uma luta contra o catolicismo popular digna do pior comunismo.

Na última quarta-feira, 4 de junho, o grupo de trabalho sobre simbologia do Conselho da Memória Histórica do Município de San Sebastián, cidade muito importante do País Basco espanhol, solicitou à Administração Geral do Estado que incluísse a escultura do “Sagrado Coração no Monte Urgull” no catálogo de “símbolos e elementos contrários à memória democrática”.

A estátua de Jesus Cristo, que aponta para o seu coração que queima de amor pelos homens, poderá ser derrubada ou escondida em outro local não aberto ao público, por vontade de várias associações da esquerda separatista do EH Bildu e do Elkarrekin Donostia, nome local da união entre o Podemos e a Izquierda Unida, todos aliados políticos que permitem continuar no governo da nação o social-comunista Pedro Sanchez, primeiro-ministro espanhol.

Após a destruição do monumento, cemitério e mosteiro Valle de los Caídos, apoiada pelo cardeal José Cobo, de Madri, por boa parte da Conferência Episcopal Espanhola e pela Secretaria de Estado do Vaticano, agora outro símbolo significativo da fé popular espanhola corre sério risco de desaparecer.

Na coletiva de imprensa dos últimos dias, os conselheiros do EH Bildu e do Elkarrein Donostia também pediram a suspensão dos eventos para comemorar o 75º aniversário do monumento, inaugurado em 19 de novembro de 1950 e projetado por Pedro Muguruza Ontaño, primeiro arquiteto do Vale dos Caídos.

O projeto de erguer uma imagem do Sagrado Coração em San Sebastián, embora tenha sido finalizada em 1950, estava em andamento desde 1928. Portanto, apesar de a aprovação para sua construção ter ocorrido em 31 de maio de 1939, a ideia é anterior ao governo de Franco e, não tem nada a ver com as pretensas polêmicas sobre o fascismo; sua demolição mostra a verdadeira face da difusão do anticatolicismo que está se instalando por causa do governo social-comunista de Sanchez.

Só no País Basco, segundo um estudo publicado pelo Instituto da Memória, da Convivência e dos Direitos Humanos do Governo Autônomo Basco, desde 2019 foram removidas do espaço público 1.523 sinais e monumentos, entre eles, há outros símbolos religiosos cristãos, como a cruz dos caídos na praça Caicedo (Lantarón), a cruz de Ergileta em Santo Domingo (Bilbao) ou a cruz em homenagem aos mortos do Crucero Baleares (Ondarroa).

Fiéis católicos reagem ao governo socialista

Obviamente, a resposta dos católicos espanhóis não tardou e, nestes mesmos dias, o portal digital chamado “Petições Católicas” iniciou uma coleta de assinaturas que já alcançou milhares de pessoas, para impedir a demolição da estátua do “Sagrado Coração”.

Os “Amigos do Monumento ao Sagrado Coração” criticam a iniciativa da esquerda local, temendo que seja prontamente apoiada por Madri, por se basear em “falsos” argumentos. Eles denunciam que a proposta do EH Bildu e do Elkarrekin carece de “provas históricas”, enquanto defendem o caráter exclusivamente religioso do monumento ao Sagrado Coração.

O próprio bispo Fernando Prado publicou uma carta aberta de grande importância sobre o assunto. No texto, lê-se, entre outras coisas, que “a ideia do monumento surgiu por volta de 1926, antes da Guerra Civil, e se concretizou graças a uma imponente campanha pública de arrecadação de fundos… alheia a qualquer propaganda política ou partidária”.

A carta reafirma o valor cultural e religioso do “Sagrado Coração” de Urgull como “patrimônio vivo” que faz parte da memória da cidade e, portanto, o bispo Prado promove um apelo direto a todos os cidadãos, crentes e não crentes de San Sebastián, para “reafirmar a presença do Sagrado Coração em nossa cidade e, ao mesmo tempo, como um lugar de fé, confiar a cidade de San Sebastián e todos os seus habitantes aos seus cuidados e proteção”. Um verdadeiro e forte convite a todos os cidadãos para “valorizar este monumento como um verdadeiro símbolo vivo de esperança”.

Número de católicos está em queda na Espanha

Este enésimo ataque, ou melhor, tentativa de erradicar as imagens e a cultura católica do território e das comunidades espanholas, é apenas a consequência visível de um caminho percorrido há vinte anos, desde o primeiro governo Zapatero em 2004.

De fato, apenas 55% dos espanhóis com mais de 18 anos se identificam como católicos, uma porcentagem significativamente inferior aos 90% registrados na segunda metade da década de 1970. Esses são os dados mais recentes, revelados pelo relatório publicado pela Fundação Funcas no início do mês, no qual analisa a secularização da sociedade espanhola. Em 2002, 60% da população entre 18 e 29 anos se identificava como católica, enquanto, em 2024, apenas 32%. Por outro lado, entre os maiores de 70 anos, a identificação como católica caiu de 89% para 77% no mesmo período.

O espaço perdido pelo catolicismo não foi preenchido por outras crenças religiosas, mas é ocupado principalmente por aqueles que se declaram indiferentes, agnósticos ou ateus, ou seja, aqueles que não têm nenhuma filiação religiosa (22% em 2002 para 42% em 2024), tal como desejado pela ideologia marxista-leninista.

A perda de apelo da religião católica na vida cotidiana também se evidencia na queda brusca dos casamentos católicos (em 2023, apenas 18% dos casamentos foram celebrados segundo o rito católico, enquanto em 2000 ainda representavam 76% do total) e na queda gradual das matrículas nas aulas de religião católica nas escolas (em 2022-2023, 56% dos alunos do ensino fundamental estavam matriculados, em comparação com 85% em 1998-1999, primeiro ano para o qual há dados disponíveis).

A luta contra o catolicismo, contra as raízes civis da Espanha e seus símbolos religiosos tem raízes distantes. Não é por acaso que hoje, empunhando picaretas e escavadeiras, estão os netos dos degoladores e assassinos de padres que fizeram a revolução anarquista, comunista e socialista, com o objetivo de abolir a Constituição Republicana de 1931 e instaurar um regime socialista.

Luca Volontè, bacharel em Ciências Políticas, foi deputado italiano de 1996 a 2013. Fundou e dirigiu durante vários anos a Fundação Novae Terrae, coordenando, como Secretário Geral e em colaboração com universidades e institutos de investigação italianos e estrangeiros, a primeira investigação global sobre políticas familiares, dignidade humana e liberdade de educação.

©2025 La Nuova Bussola Quotidiana. Publicado com permissão. Original em italiano: “L’ultima follia spagnola: decapitare il Sacro Cuore”.

noticia por : Gazeta do Povo

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