O ex-presidente disse que faltam nomes alternativos na esquerda e afirmou que a direita “plantou” lideranças pelo Brasil. “Você não vê nome na esquerda. Se o Lula se aposentar hoje, não tem um substituto para ele, teria o posto dele que é o Taxad [apelido pejorativo para o ministro Fernando Haddad]. Ninguém além disso aí, mas não agrega valor eleitoral no Brasil como um todo”, avaliou.
“Essa possível prisão, se ocorrer, será por arbitrariedade”, afirmou Bolsonaro. O ex-presidente voltou a criticar a investigação contra ele por tentativa de golpe de estado e também a possibilidade do seu caso ser analisado pela Primeira Turma do STF e não pelo plenário. Na semana passada, a PGR denunciou Bolsonaro e outras 33 pessoas.
Delação de Cid foi tortura, diz Bolsonaro
Ao ser questionado se perdoava Cid pela delação, o ex-presidente disse ter conhecimento do “momento que ele está passando”. “Peço a Deus para dar paz a ele, acredito na minha consciência e tenho bons advogados”, afirmou.
Bolsonaro criticou os áudios dos militares revelados pela TV Globo no domingo (23). Segundo ele, sua defesa não teve acesso ao material. Para o ex-presidente, o tempo para seus advogados apresentarem uma resposta ao STF é curto — são 15 dias. Defesa chegou a pedir 83 dias, mas o pedido foi negado pelo ministro Alexandre de Moraes.
Nos áudios, militares, manifestantes e Cid falam, por exemplo, do conhecimento de Bolsonaro sobre a minuta do golpe. “Hoje, ele mexeu naquele decreto, reduziu bastante, fez algo muito mais direto, objetivo e curto. E limitado, né?”, diz o ex-ajudante de ordens em áudio enviado ao então comandante do Exército, general Freire Gomes. Os áudios corroboram com o que Cid disse em sua delação.
noticia por : UOL