Início AGRONEGÓCIOS Setor de eventos afirma que não aceitará novo lockdown

Setor de eventos afirma que não aceitará novo lockdown

Realização de festas lotadas nos últimos dias em Cuiabá repercutiu negativamente para a Prefeitura da Capital. Assim, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) afirmou que não atenderia mais empresários do entretenimento que o procurassem. Em resposta, o setor de eventos rebateu que tem tomado as devidas medidas contra o espalhamento da covid-19 e que não aceitará um novo lockdown na cidade.

 

Em comunicado divulgado nesta quarta-feira (23), a Associação Brasileira de Empresas de Eventos – Regional Mato Grosso (ABEOC-MT) e o Sindicato das Empresas de Eventos de Mato Grosso (Sindeventos-MT) defenderam que têm obedecido os protocolos da Organização Mundial de Saúde (OMS), transferindo para a população parte da responsabilidade, uma vez que “cada um tem que fazer sua parte”.

 

O posicionamento do setor vem como uma resposta direta às falas de Pinheiro, que, na terça-feira (22), afirmou que a solução para o cumprimento das medidas está na população. Na ocasião, o gestor também criticou o empresariado, apontando que não iria mais atender o grupo mesmo que estes o procurassem alegando prejuízos financeiros – relembrando situações passadas pelo setor neste ano.

“Não adianta me xingar também não. Vou para cima de cada um. (…) não vou ficar editando decreto para marmanjo”, disse o prefeito.

 

Toda a discussão em torno do tema teve início após a circulação de vídeos de uma festa realizada no Parque das Águas onde, sob autorização da Prefeitura, centenas de pessoas se reuniram desrespeitando o distanciamento sociais mínimo assim como o uso de máscara. Além disso, a população também tem cobrado o Executivo municipal a respeito de outras festividades que tem ocorrido em meio à pandemia em Cuiabá.

 

Questionado sobre os fatos, Pinheiro disse que foram situações lamentáveis, mas descartou um novo lockdown no município. Em resposta, as entidades reforçaram que não aceitarão nova medida de restrição total. O setor foi um dos mais impactados pela pandemia neste ano, por conta da suspensão de atividades em diversas casas de festas e proibição de eventos em detrimento da covid-19.

 

Em defesa de suas atividades, o setor apontou que o diálogo aberto entre as entidades e a Prefeitura seria a melhor estratégia para resolução de problemas. “Que a prefeitura fiscalize ou busque nosso apoio no monitoramento/orientação junto a aqueles que não possuem o selo EVENTO SEGURO e também não permita a promoção de eventos que provoquem aglomeração e desrespeitem a legislação”, defendem as entidades.

 

Confira a nota completa emitida pela ABEOC-MT e o Sindeventos-MT a seguir:

“Em relação às declarações do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro de que poderá deixar de atender o setor, a Associação Brasileira de Empresa de Eventos (ABEOC/MT) e o Sindicato das Empresas de Eventos de Mato Grosso (SINDEVENTOS-MT) esclarece que:

– Criou um protocolo de segurança para prevenir a disseminação da Covid-19 nos eventos com base nas normas da Organização Mundial de Saúde (OMS);

– Que os eventos por nós realizados, são desenvolvidos por empresas especializadas, credenciadas e responsáveis;

– Que entende que é preciso prevenir a contaminação pelo coronavirus, mas que cada cidadão deve fazer a sua parte para que a economia seja retomada;

– Que a prefeitura busque os mecanismos legais para punir os que estão fora das normas e permita que as empresas sérias sigam realizando seus eventos;

– Que a prefeitura fiscalize ou busque nosso apoio no monitoramento/orientação junto a aqueles que não possuem o selo EVENTO SEGURO e também não permita a promoção de eventos que provoquem aglomeração e desrespeitem a legislação;

– Que o setor não aceitará um novo lockdown e que todas as medidas adotadas pelo poder público deverão ser devidamente comprovadas com dados oficiais da pandemia em MT;

– Reforça, ainda, que o diálogo entre a Prefeitura e o setor, continuará sendo  o melhor caminho para a tomada de decisões, e as entidades estarão sempre à disposição do poder público.”

FONTE: GAZETA

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