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Em 10 anos, 179 escolas rurais foram fechadas em Mato Grosso. Em contrapartida, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anízio Teixeira (Inep), outras 159 escolas foram abertas na zona urbana nesse mesmo período, o que mostra a continuidade de um fluxo migratório do campo para a cidade.
Em 2010, o estado tinha 938 escolas rurais e, em 2020, esse número diminuiu para 756.
Uma década atrás, 105.717 crianças e adolescentes estavam matriculados em escolas rurais do estado, entre creches, ensino básico, ensino fundamental, ensino médio, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e educação especial.
Já no ano passado havia 102.661 alunos matriculados nas unidades da zona rural do estado, uma redução de mais de 3 mil alunos no campo.
Alimentação, tecnologia e acessibilidade
O Inep ainda tem dados sobre a quantidade de escolas que oferecem alimentação aos alunos, que possuem internet e equipamentos disponíveis aos alunos e escolas com acessibilidade às pessoas com deficiência.
De acordo com o Inep, das 754 escolas estaduais, só duas não fornecem alimentação para os estudantes, mas outras 35 não possuem água filtrada.
Em relação ao acesso à tecnologia e equipamentos disponíveis, as escolas rurais são as mais precárias. Apenas 80% possuem internet.
Dessas escolas, apenas 312 possuem dependências acessíveis aos portadores de deficiência, o que representa menos da metade de escolas sem acesso a essas crianças.
Estrutura
Em relação à estrutura, o Inep analisa escolas que possuem energia, esgoto, coleta de lixo periódica e outras estruturas necessárias para os respectivos alunos e professores.
Cerca de 67 escolas não possuem energia via rede pública e apenas 26 têm rede de esgoto, o que é menor do que a média do Brasil.
Outras 54 não possuem sanitários nem dentro e nem fora da escola, 457 não possuem coleta de lixo periódica.
Das 756 unidades, 482 não possuem quadra de esportes para a prática de atividades com os alunos.
InformaMT/G1