Em seu primeiro dia como prefeito reeleito, Emanuel Pinheiro (MDB) já requereu ao presidente da Câmara de Vereadores, Juca do Guaraná (MDB) a abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Hospital do Câncer. O gestor quer saber detalhes da destinação de recursos públicos aplicados na unidade e também nos demais hospitais filantrópicos que mantêm convênio com a Prefeitura de Cuiabá.
Pinheiro encarou a paralisação do Hospital de Câncer e Hospital Geral de Maternidade de Cuiabá em dezembro. A direção das instituições alegou falta de repasse por parte de prefeitura do Fundo Nacional de Saúde (FNS) que vem do governo Federal. A dívida com o Hospital do Câncer passava de R$ 6 milhões e a pendência com o Hospital Geral era de mais de R$ 4 milhões.
Na época, Cuiabá reconheceu o atraso e justificou que esperava recursos estaduais para quitar as pendências. A Assembleia Legislativa (ALMT) deu R$ 3 milhões ao Hospital do Câncer para que pudesse pagar fornecedores e voltasse aos atendimentos. Os atendimentos foram suspensos entre 15 e 21 de dezembro.
“De forma transparente, gostaria de uma CPI para apurar, nos últimos 10 anos, todos os repasses de emendas e não emendas feitas ao Hospital do Câncer. Se quiser estender às demais instituições filantrópicas, que assim o faça para saber a aplicação desses recursos e para que possamos, a partir daí, estabelecer uma nova sistemática de prestação de contas de aplicação de cada centavo de recursos públicos que venha para as instituições, sejam eles federais, estaduais ou municipais”, requereu o prefeito.
Segundo o gestor, as acusações de calote feitas pelas instituições não têm fundamento e exige que a conduta da direção seja apurada.
“Vem com denúncias vazias e irresponsáveis, levianas com relação à gestão, jogando a população contra a gestão”, acusa.
As instituições filantrópicas atendem gratuitamente os pacientes. Elas são mantidas com repasses de dinheiro público e doações.
FONTE GAZETA