quinta-feira, 5, junho , 2025 04:41

Operação mira suspeitos de integrarem o Comando Vermelho e comandar tráfico em Fortaleza

Cinco pessoas foram alvos de mandados de prisão e de busca e apreensão nesta terça-feira (3) durante operação do Ministério Público do Ceará contra supostos integrantes do Comando Vermelho que atuariam no tráfico de drogas em Fortaleza.

Segundo a investigação, o grupo seguia ordens de chefes da facção escondidos na favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro.

Foram apreendidos celulares e anotações. De acordo com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas do Ministério Público), há indícios de que os alvos da operação tenham ligação direta com essas lideranças do Comando Vermelho no Rio. A ação foi batizada de Operação Evolutio.

O grupo desarticulado, segundo o Ministério Público, contava com operadores financeiros — em sua maioria, mulheres — responsáveis pela contabilidade do tráfico e pela administração da venda de drogas.

A investigação começou após a apreensão de dois celulares dentro da Unidade Prisional Itaitinga 4, na região metropolitana de Fortaleza. Segundo os promotores, o conteúdo mostrou que dois detentos da mesma cela usavam o aparelho para comandar pontos de venda no bairro Conjunto Ceará e recebiam ordens diretas de líderes do Comando Vermelho na Rocinha.

“Para isso, eles contavam com o apoio de pessoas para comercializar as drogas e recolher o dinheiro, além de operadores financeiros, em sua maioria mulheres, que eram responsáveis pela contabilidade do apurado, divisão, administração e comercialização dos entorpecentes”, afirmou a Promotoria.

A ação desta terça ocorre três dias depois de uma operação da Polícia Civil do Rio na comunidade carioca para localizar criminosos que, mesmo fora do Ceará, coordenavam ataques a provedores de internet no estado. Desde abril, ao menos 45 pessoas foram presas por envolvimento nesses atentados.

Os suspeitos, segundo a polícia, teriam extorquido funcionários de empresas de internet, exigindo parte do valor arrecadado com as mensalidades para que elas continuassem funcionando.

Conforme as investigações, a facção autora dos ataques cobrava, com ameaças, uma taxa de R$ 20 por cliente às empresas. Se a provedora se negasse a repassar esses valores, eram destruídas as redes de fibra ótica, caixas de transmissão e antenas, além de suas lojas serem alvo de invasão e pichação.

Dos sete mandados expedidos pela Justiça, cinco foram cumpridos — três alvos já estavam presos. As ordens foram executadas em Fortaleza e Caucaia, com apoio da Polícia Civil e da Secretaria de Administração Penitenciária do Ceará. A investigação é conduzida pelo Gaeco com apoio da Vara de Delitos de Organizações Criminosas do estado.

noticia por : UOL

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