O governador Mauro Mendes (DEM) sinalizou que não deve fazer uma reforma administrativa, nem mudanças no alto escalão do Governo. Durante entrevista coletiva nesta terça-feira (26), o chefe do Executivo relembrou que várias modificações já foram feitas logo no inicio da gestão, em 2019.
“Nós fizemos a reforma administrativa em janeiro, quando reduzimos de 24 para 16 secretarias dentro do governo. Cortamos algumas empresas, algumas foram extintas e outras reduzidas pela metade e isso foi reforma administrativa. Nós não vamos começar agora, nós já fizemos nas primeiras semanas do nosso mandato”, colocou o governador.
Em meio aos questionamentos, Mendes também disse que não fará mudanças em seu time de secretários. Na última semana, surgiram rumores de que o deputado estadual Thiago Silva (MDB) pudesse deixar a Assembleia Legislativa para assumir a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci), que atualmente é comandada por Nilton Borgato. Nesse contexto, o democrata respondeu que “nesse momento não tem nada previsto”.
O comandante do Paiaguás também descartou os boatos em torno da criação de um escritório estadual para coordenar a implantação do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT), que custará R$ 430 milhões aos cofres públicos. A informação seria de que o ex-deputado federal Fabio Garcia seria o principal nome cotado para comandar este escritório.
Mendes rasgou elogios a Garcia, no entanto, afirmou que não há tratativas sobre o assunto. “O ex-deputado Fabio Garcia é um profissional extremamente competente, trabalhou conosco como secretário de governo durante dois anos na Prefeitura de Cuiabá. Ele assumiu o cargo de deputado federal e foi um dos únicos deputados no primeiro mandato que entrou para o alto clero do Congresso Nacional. Ele tem seu trabalho, sua competência, mas até o momento não nada em relação a isso. Se ele desejar, pode ter certeza que eu terei o maior prazer de tê-lo na nossa equipe”, concluiu.
REFORMA ADMINISTRATIVA
Em janeiro de 2019, Mendes sancionou a reforma administrativa aprovada pela Assembleia Legislativa, extinguindo nove secretarias, deixando apenas 16 órgãos do primeiro escalão na administração direta.
Nesse processo, foram extintas o Gabinete de Assuntos estratégicos (GAE), Gabinete de Transparência e Combate à Corrupção (GTCC), Gabinete de Comunicação (Gcom), Gabinete de Desenvolvimento Regional (GDR), Casa Militar, Gabinete de Governo (Gabgov), Secretaria das Cidades (Secid), Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) e Secretaria de Planejamento (Seplan). Todas as funções e serviços dessas pastas foram remanejados pelas demais secretarias.
A Lei aprovada pelos deputados também autorizou o Executivo a extinguir cinco empresas públicas e de economia mista. Na época, o governador justificou que as mudanças eram necessárias para otimizar o funcionalismo e enxugar os gastos com a maquina pública.
FONTE: FOLHAMAX