sexta-feira, 13, junho , 2025 10:19

Ministério Público pede que processo do caso Renato Nery seja enviado à Justiça Militar

FERNANDA ESCOUTO

DO REPÓRTERMT

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) pediu que o processo sobre o assassinato do advogado Renato Nery, atualmente na 7ª Vara Criminal de Cuiabá, seja redistribuído à 11ª Vara Criminal e Especializada da Justiça Militar. A solicitação foi feita pelo promotor de Justiça Henrique de Carvalho Pugliesi.

De acordo com o promotor, houve um erro no sistema do TJ que fez com que a ação que envolve Jorge Rodrigo Martins, Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira e Leandro Cardoso, todos policiais militares, fosse protocolada na 7ª Vara Criminal. Contudo, esta Vara não teria competência para analisar o caso. 

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Os policiais foram denunciados pelo MP por organização criminosa, abuso de autoridade, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e falsidade ideológica.

O bando teria forjado um confronto no Contorno Leste para ocultar a origem da arma utilizada para matar o advogado Renato Nery. No confronto simulado, um homem de 26 anos morreu e dois adolescentes de 16 ficaram feridos.

Conforme o Ministério Público, o assassinato de Renato foi planejado dentro de núcleos. O primeiro núcleo seria o de comando, que era composto por mandantes vinculados aos interesses econômicos contrariados pela vitória judicial da vítima na disputa fundiária.

O segundo núcleo é o de intermediação, que era responsável por estabelecer a ponte entre os mandantes e o executor, negociando valores, repassando ordens e garantindo que as determinações fossem cumpridas.

Há o núcleo operacional, que era encarregado da execução material do crime de homicídio. Por último tem o núcleo de obstrução, montado pelos policiais Jorge Rodrigo Martins, Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira e Leandro Cardoso.

Eles foram responsáveis especificamente pela ocultação posterior da arma do crime mediante sua inserção em contexto forjado, e por outras ações destinadas a dificultar as investigações”, aponta o Ministério Público.

Além de pedir para que a ação seja redistribuída, o órgão ministerial voltou a pedir a prisão dos militares.

LEIA MAIS: MP recorre e pede prisão de PMs envolvidos na morte de Renato Nery

O caso

Renato foi assassinado no dia 5 de julho de 2024, em frente ao escritório que trabalhava na Avenida Fernado Corrêa, e sete dias depois os policiais teriam forjado o confronto para dar fim a arma usada no crime.

FONTE : ReporterMT

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