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Uma série de posts em redes sociais mostra que a primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, continua exercendo a função, mesmo com a decisão judicial do seu afastamento das funções, desde outubro de 2021.
O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) defende as ações da esposa, que tem mantido agendas políticas até em Brasília, visando firmar parceiras de políticas sociais para Cuiabá.
Ela foi alvo da Operação Capistrum, do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), e está proíbida de frequentar o Palácio Alencastro, sede do governo da capital, e a Secretaria Municipal de Saúde.
“A primeira-dama não deixou de trabalhar um dia sequer em prol da população cuiabana, dos mais carentes e necessitados. Ela sempre tem atuado em buscar projetos e políticas públicas para beneficiar a nossa gente. Ela está proíbida de frequentar a prefeitura e a secretaria de Saúde. Mas como ela não é funcionária pública, ela faz essas ações voluntariamente, ela pode muito bem participar de reuniões na Secretaria de Assistência Social, por exemplo”, defendeu Emanuel.
Segundo ele, Márcia tem participado de reuniões em Brasília em busca de políticas, parcerias e recursos para as ações sociais do município. “A nossa gestão sempre foi voltada para a população, para o povo cuiabano, e tanto eu quanto a Márcia, estamos focados em entregar o melhor para a nossa gente”.
Decisão judicial
Márcia Pinheiro segue sem nenhuma previsão para retornar às atividades na Prefeitura de Cuiabá. Ela foi afastada e proibida de manter qualquer relação com o Executivo Municipal durante a Operação Capistrum, deflagrada em outubro no ano passado, com o objetivo de investigar supostas contratações irregulares na Secretaria Municipal de Saúde da Capital.
De acordo com o Ministério Público do Estado (MPE), apesar de não exercer nenhuma função dentro do quadro do Executivo municipal, Márcia tinha “controle” de contratação na área da Saúde. As informações constam no relatório parcial da análise dos materiais apreendidos durante a operação, como demonstra mensagens trocadas com servidores e até com o filho, o deputado federal Emanuelzinho (PTB).
Em entrevista ao GD, o advogado Francisco Faiad, explicou que a defesa aguarda o julgamento do recurso perante a Justiça. Segundo Faiad, a peça argumenta que a esposa do prefeito não tinha nenhuma influência na contratação dos comissionados que, segundo o inquérito, eram utilizadas como moeda de troca política junto à Câmara de Vereadores.
Até a análise do documento, Márcia segue impedida de retomar funções na prefeitura. “Protocolamos a defesa justificando que ela não tinha envolvimento nenhum nas decisões da prefeitura. Estamos aguardando o julgamento do processo e isso vai demorar um pouco. Por enquanto, segue da forma que o juiz decidiu”, finalizou.
Operação Capistrum
Márcia é alvo da investigação que resultou no afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro em outubro do ano passado. O gestor foi retirado de suas funções por mais de umês e só retornou ao Palácio Alencastro após decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
Além do casal, o chefe de gabinete do prefeito, Antônio Monreal Neto, a secretária-adjunta de Assuntos Estratégicos, Ivone de Souza foram alvos da ação.
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