Paty havia entrado na mira de Anzorov após publicações nas redes sociais apontarem que o professor havia exibido em uma aula caricaturas do profeta Maomé, publicadas pela revista satírica Charlie Hebdo, em uma aula sobre liberdade de expressão.
Algumas das publicações haviam sido feitas por Brahim Chnina, que propagou várias mensagens nas redes sociais e um vídeo contra o professor, depois que sua filha, aluna do centro de ensino, mentiu para ele ao afirmar que Paty teria discriminado estudantes muçulmanos naquele dia.
Segundo os promotores do caso, Chnina, junto com o pregador islamista Sefrioui, moveu uma “campanha de ódio” contra Paty nas redes sociais. Sefrioui chegou a chamar de “delinquente” o professor e, junto com Chnina, compareceu ao centro de ensino oito dias antes do assassinato, embora ambos tenham negado qualquer “intenção terrorista”. Brahim Chnina e Abdelhakim Sefrioui, foram condenados a 13 e 15 anos de prisão, respectivamente.
Os outros quatro condenados, entre eles uma mulher, foram classificados pela acusação como membros de uma “jihadosfera” que estava em contato com Anzorov nas redes sociais.
O tribunal condenou Priscilla Mangel, de 36 anos, a três anos de prisão com suspensão de pena por incitação ao terrorismo, e Yusuf Cinar, de 22, a um ano de prisão por apologia ao terrorismo.
Também condenou Ismaël Gamaev, de 22 anos, o único dos oito acusados que admitiu sua culpa, a cinco anos de prisão, com 30 meses de suspensão de pena, e Louqmane Ingar a três anos de prisão, dois deles com suspensão de pena.
noticia por : UOL