A decisão do senador Jaime Campos (DEM), do seu irmão, o ex-governador e ex-senador Júlio Campos (DEM), apoiada pelo deputado estadual Dilmar Dal Bosco, líder de governo do Estado na Assembleia Legislativa, tirada em reunião nesta terça-feira (4), de apoio à candidatura do ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB), para a disputa da eleição suplementar do Senado, com o nome de Júlio, que era pré-candidato, à primeira suplência, será avaliada pelo comando do partido.
“É uma decisão pessoal minha, do Júlio e do deputado Dilmar Dal Bosco. E o deputado Botelho já disse que, caso o vice-governador Otaviano Pivetta recue, ele também apoiará Nilson Leitão ao Senado”, disse o senador em entrevista na TV Vila Real.
Os líderes do DEM várzea-grandense, com apoio de Dal Bosco, fecharam entendimento neste sentido e argumentam que a posição independe do que decidir o comando estadual do partido. “Nós vamos levar esse assunto para aos demais membros do partido. Mas independente disso, nós já decidimos que vamos apoiar Nilson Leitão, porque achamos que é o melhor candidato para Mato Grosso”, disse o senador democrata que não esconde uma certa apatia em relação ao senador tampão Carlos Fávaro (PSD), por conta do resultado das eleições de 2018.
Naquele momento, na reta final da campanha, o senador Jaime Campos teria se sentido traído por Fávaro em algumas regiões do Estado. O senador democrata se elegeu, na ocasião, com 490.699 mil votos, contra 434.972 mil votos de Carlos Fávaro.
“Nós não temos nenhum vínculo com senador Fávaro, nós disputamos uma eleição juntos dentro de uma coligação. E isso não me satisfez. Por isso, eu acho que o Nilson é o melhor candidato. Não significa que estamos em confronto com o governador. Ele só não foi comunicado de antemão, porque se encontra internado em São Paulo para tratar de uma pneumonia”, afirmou Jaime Campos.
O ex-deputado federal Nilson Leitão, que disputou a eleição de 2018 para o Senado, ficando em quinto colocado, com 330.430 mil votos, 12% dos votos válidos, busca viabilizar uma chapa forte para a disputa. A expectativa do tucano, a partir de agora, com o DEM na primeira suplência, é que a segunda suplência seja indicada pelo senador Wellington Fagundes (PR).