Ordem foi dada nesta quinta (6) pelo ministro da Defesa, Israel Katz, após fala de Trump sobre território, informou a agência Reuters. Casa Branca recuou da ideia do presidente depois da repercussão negativa. Israel ordena plano para retirada de palestinos da Faixa de Gaza
O Ministro da Defesa israelense, Israel Katz, ordenou às Forças Armadas nesta quinta-feira (6) que preparassem um plano para permitir a “saída voluntária” dos moradores da Faixa de Gaza, informou a agência de notícias Reuters, com base em relatos da mídia israelense.
✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp
A instrução foi dada após a fala do presidente dos EUA, Donald Trump, na terça-feira (4), de que os Estados Unidos planejam assumir o controle de Gaza, reassentar os palestinos que lá vivem e transformar o território na “Riviera do Oriente Médio”. Na quarta-feira (5), a Casa Branca recuou após a repercussão negativa.
“Eu apoio o ousado plano do presidente Trump, os moradores de Gaza devem ter a liberdade de sair e emigrar, como é o normal em todo o mundo”, disse Katz, segundo o canal 12 de Israel.
Israel Katz, ministro da Defesa israelense.
REUTERS/Ronen Zvulun
Segundo a Reuters, quando perguntado sobre quem receberia os palestinos, Katz afirmou que deveriam ser países que se opuseram às operações militares de Israel em Gaza.
“Países como Espanha, Irlanda, Noruega e outros, que fizeram acusações e falsas alegações contra Israel por suas ações em Gaza, são legalmente obrigados a permitir que qualquer residente de Gaza entre em seus territórios”, disse ele.
O plano de Katz incluirá opções de saída por travessias terrestres, além de arranjos especiais para partida por mar e ar, informou o Canal 12.
Leia também:
EUA ‘não vão pagar’ por reconstrução de Gaza, diz porta-voz de Trump
Ideia de construir ‘Riviera’ em Gaza remonta ao genro de Trump, Jared Kushner
Trump pode tomar Gaza? Entenda por que a proposta foi amplamente condenada
Trump recebeu críticas sobre seu plano para Gaza de potências mundiais como Rússia, China e Alemanha, que afirmaram que isso geraria “novos sofrimentos e ódios”.
A Arábia Saudita rejeitou a proposta de forma categórica, e o rei da Jordânia, Abdullah, que se reunirá com Trump na Casa Branca na próxima semana, disse na quarta-feira que rejeitava qualquer tentativa de anexar terras e deslocar palestinos.
No entanto, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse na quarta que a proposta de Trump era “notável” e pediu que fosse explorada, embora não tenha sido específico sobre o que acreditava que Trump estava oferecendo.
Milhares de palestinos retornam ao norte da Faixa de Gaza em 27 de janeiro de 2025.
REUTERS/Ramadan Abed
source
Fonte: G1