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domingo, janeiro 26, 2025

Israel liberta segunda leva de prisioneiros palestinos em acordo de cessar-fogo

Pelo menos 70 prisioneiros foram soltos; expectativa é que até 200 sejam liberados ainda hoje. O cessar-fogo entre as duas partes prevê entre 30 e 50 presos libertados para cada refém israelense devolvido e a interrupção dos bombardeios e incursões militares na Faixa de Gaza. Israel libertou neste sábado (25) os primeiro 70 prisioneiros palestinos como parte do acordo de cessar-fogo com o grupo terrorista Hamas, de acordo com a agência de notícias Associated Press. Outros 130 prisioneiros ainda devem ser libertados.
Assim que as quatro reféns israelenses foram soltas pela manhã, ônibus com os prisioneiros foram avistados saindo da prisão militar de Ofer, na parte ocupada da Cisjordânia, e de Ktziot, no deserto de Neguev.
Entre os 200 prisioneiros, estão 120 pessoas que cumprem penas de prisão perpétua após serem condenados por ataques mortais. Segundo o grupo terrorista, 70 deles serão deportados ou exilados.
A primeira troca de reféns ocorreu no domingo (19) com a libertação de três reféns israelenses e 90 prisioneiros palestinos.
Na manhã de hoje, o Hamas libertou quatro reféns militares israelenses e informou que uma refém civil será solta no próximo sábado (1).
Karina Ariev, Daniella Gilboa, Naama Levy e Liri Albag deixaram o território palestino em veículos da Cruz Vermelha.
Nos primeiros 42 dias de acordo de cessar-fogo, a previsão é que três a quatro reféns mantidos em Gaza sejam soltos a cada semana.
O acordo entre as duas partes prevê entre 30 e 50 presos libertados para cada refém devolvido e a interrupção dos bombardeios e incursões militares na Faixa de Gaza. (Veja abaixo as etapas do acordo).
A guerra de Israel contra o Hamas em Gaza já matou mais de 47.000 palestinos, de acordo com as autoridades de saúde de Gaza. O ministério não faz distinção entre combatentes e civis.
A guerra foi desencadeada pelo ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 a Israel, que matou cerca de 1.200 pessoas.
O acordo
Israel e Hamas chegaram a um acordo que pode colocar um fim definitivo na guerra após mais de seis meses de negociações. As conversas foram mediadas por Estados Unidos, Catar e Egito. Confira a seguir o que prevê o texto.
🔵 1ª etapa: cessar-fogo e liberação de reféns
No domingo (19 de janeiro):
O cessar-fogo deveria começar às 8h30 no horário local (3h30 no de Brasília), mas atrasou após o Hamas não divulgar quais reféns seriam libertados.
A partir das 16h no horário local (11h de Brasília), o Hamas deve entregar reféns israelenses – são três mulheres vivas. O local não foi informado, mas Israel preparou locais para recebê-los em três cidades ao longo da fronteira com Gaza: Erez, Re’im e Kerem Shalom.
Na sequência, Israel entregará 95 prisioneiros palestinos. A lista não inclui nenhuma liderança do Hamas ou de outros grupos terroristas. Muitos são mulheres, crianças e outras pessoas que foram detidas recentemente e não foram julgadas.
Ao longo da primeira semana:
No dia 25 de janeiro, Hamas entrega mais 5 mulheres israelenses vivas.
No mesmo dia, Israel, em troca, entrega até 250 palestinos (entre 30 e 50 para cada refém).
Os moradores do norte de Gaza poderão retornar a seus locais de origem, mas sem portar armas.
Tropas israelenses se retirarão do corredor Netzarim, a via principal de Gaza.
A travessia de Rafah, entre o Egito e Gaza, voltará gradualmente a operar, permitindo a passagem de pessoas doentes para tratamento fora do enclave.
Será permitido o aumento da entrada de ajuda humanitária a Gaza. A expectativa é que 600 caminhões possam entrar por dia, o triplo do máximo atingido durante o conflito.
Nas semanas seguintes:
Ocorrem liberações periódicas pelos dois lados, até um total de 33 reféns israelenses — vivos ou mortos — e quase 2 mil palestinos (1.167 detidos em Gaza desde o início da guerra e 737 remanescentes detidos antes de 8 de outubro de 2023).
🔵 2ª etapa: liberação de mais reféns, fim das hostilidades e saída de Gaza
A expectativa é que os demais reféns israelenses vivos — em geral, soldados e civis jovens do sexo masculino —, e os corpos dos que morreram sejam devolvidos. Segundo o jornal israelense Haaretz, são 98 pessoas, 36 delas, mortas.
Em troca, Israel deve sair completamente da Faixa de Gaza, permanecendo ao longo da fronteira para proteger as cidades e vilarejos fronteiriços de Israel.
🔵 3ª etapa: reconstrução de Gaza e devolução de corpos
Negociações sobre a reconstrução de Gaza, que poderia levar anos. Há, porém, um debate sobre quem governaria a região: Israel não aceita que seja o Hamas, que hoje controla o enclave.
Devolução de todos os demais corpos de reféns.
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Fonte: G1

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