quinta-feira, 24, abril , 2025 08:20

Irmã Geneviève, a freira amiga do papa Francisco que quebrou o protocolo

Na época, ela tinha acabado de voltar do enterro de sua tia, a também freira Léonie Duquet, na capital argentina. Duquet foi atirada ao mar em um “voo da morte” na noite de 14 de dezembro de 1977, juntamente com a também religiosa francesa Alice Domon e outros dez ativistas em plena ditadura argentina.

Mas seu corpo foi devolvido do mar para a terra firme naquele mesmo ano e sepultado em uma vala comum. Já no século XXI, pôde ser identificado e, em 2005, foi enterrado com o aval do então cardeal Jorge Mario Bergoglio no jardim da Igreja de Santa Cruz, em Buenos Aires, onde havia sido detida.

“Chorei praticamente do início ao fim da missa (…) Não conseguia aceitar que parte da Igreja estivesse com a ditadura”, lembra no vídeo a irmã Geneviève Jeanningros sobre esta experiência que a comoveu profundamente.

A lembrança que Éric Domergue tem dela naqueles dias é de seu “olhar penetrante e o sorriso permanente”. Com ela, ele compartilha o assassinato de um familiar durante a ditadura: em seu caso, seu irmão Yves, desaparecido em 1976, e cujo corpo foi identificado em 2011.

“Geneviève sempre está atenta, perguntando pelos familiares dos franceses desaparecidos e dos argentinos também”, diz Domergue à AFP. 

Em outubro de 2024, a religiosa inclusive assinou uma carta que um grupo de familiares enviou ao presidente francês, Emmanuel Macron, para lhe pedir que não os esqueça, antes de uma viagem oficial à Argentina.

noticia por : UOL

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