“Na minha opinião, os três países europeus perderam seu papel (no arquivo nuclear) devido às políticas erradas que adotaram. É claro que não queremos isso e estamos prontos para conversar com eles em Roma”, disse o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, à mídia estatal nesta quarta-feira.
Houve uma hesitação inicial dentro do E3 por causa da preocupação de que tais conversações pudessem criar uma via paralela e sequestrar as negociações realizadas pelo segundo governo de Trump que, segundo Washington, visam impedir que o Irã desenvolva armas nucleares.
No entanto, três diplomatas europeus disseram à Reuters que o E3 decidiu que, em última análise, era de seu interesse manter o diálogo com o Irã e reafirmar como eles consideravam os parâmetros de um novo acordo nuclear.
Os diretores políticos do Ministério das Relações Exteriores se reuniram com autoridades norte-americanas em Berlim na quarta-feira para serem informados sobre as rodadas anteriores de negociações entre os EUA e o Irã e se prepararem para a reunião de Roma, e irão para lá na sexta-feira, disseram dois diplomatas.
O Irã está procurando aproveitar o impulso das negociações nucleares com o governo Trump, que foram retomadas em Omã no sábado e após suas conversas com a Rússia e a China na semana passada. Os negociadores dos EUA e do Irã se reunirão novamente em Roma no sábado.
A abordagem do Irã em relação ao E3 sugere que o país está mantendo suas opções em aberto, mas também quer avaliar a posição dos europeus em relação à possível reimposição de sanções das Nações Unidas contra Teerã antes de outubro, conhecida nos círculos diplomáticos como “mecanismo snapback”, quando uma resolução que ratifica o acordo de 2015 expira.
noticia por : UOL