Filha do ex-general Virgílio da Silva Rocha, a idosa recebe pensão vitalícia de R$ 14,5 mil. O benefício é pago pelo Estado brasileiro desde 2009. Maria Cristina se gaba publicamente de ser amiga do general Villas Bôas, figura ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa conexão teria sido citada durante sua detenção, numa tentativa de justificar sua conduta e evitar a prisão.
Maria Cristina utiliza suas redes sociais para expressar posicionamentos radicais. No Facebook, ela se assume a favor do porte de armas, fã de Jair Bolsonaro e defende a extinção das esquerdas no Brasil.
Suas postagens incluem apoio à invasão dos prédios dos Três Poderes, em Brasília, durante os atos golpistas de 8 de janeiro. É vista em fotos ao lado de políticos como Carla Zambelli, Kim Kataguiri e Fernando Holiday. Suas manifestações incluem provocações frequentes a adversários políticos.
Antes de sua prisão, ela gravou um vídeo ironizando os jornalistas. Na tarde de quinta-feira (19), postou imagens dos profissionais em frente à casa de Lula, comentando: “Nossa, a imprensa está calma aqui hoje”. Após ser liberada, na madrugada de hoje, ela publicou críticas e ironias sobre o ocorrido. Chamou a carceragem da Polícia Federal de “inferno” e declarou: “Outrora instituição que valia algo”. Ironizou também a apreensão de seu carro: “Carro apreendido pela PF para revista. Estavam com medo de ter explosivos”.
A idosa questionou a proibição de se aproximar da residência presidencial. Em outra postagem, escreveu: “Proibida de chegar perto da casa do excelentíssimo presidente da república e excelentíssimo senhor ministro cabeça de piroca”. Além disso, defendeu-se das acusações de injúria racial afirmando: “Não sou racista. Se fosse, assumiria”.
noticia por : UOL