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sexta-feira, fevereiro 7, 2025

Hamas divulga, depois do previsto, nomes de reféns que serão libertados neste sábado (8)


Israel confirmou que recebeu lista. Demora incomum para divulgação de israelenses libertados ocorreu em meio a incertezas sobre cumprimento de termos após fala de Trump de que os EUA tomariam o controle da Faixa de Gaza. Reféns israelenses Eli Sharabi, Ohad Ben Ami e Or Levy, da esquerda para a direita, respectivamente, serão soltos pelo Hamas em 8 de fevereiro de 2025.
Movimento ‘Bring Them Home Now’ via Reuters
O grupo terrorista Hamas publicou, depois do previsto, os nomes dos três reféns israelenses que serão libertados neste sábado (8), como parte do acordo de cessar-fogo firmado com Israel. Segundo o porta-voz do braço armado do grupo, os reféns que serão soltos são:
Eli Sharabi;
Or Levy;
Ohad Ben Ami.
Pouco depois, o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou à AFP que recebeu a lista dos reféns que devem ser liberados.
A nova rodada de libertação de reféns do Hamas sofreu um período de indefinição nesta sexta-feira (7) após as falas do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre tomar o controle de Gaza, o que levou a temores de que a troca de reféns por prisioneiros palestinos pudesse ser afetada.
A divulgação dos nomes dos que seriam soltos ocorreu após o prazo estabelecido no acordo, segundo a imprensa israelense. Desde o início da trégua, o Hamas tem comunicado previamente para Israel os nomes dos reféns que a serem libertados.
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As declarações de Trump sobre Gaza nesta semana aumentaram as tensões sobre o acordo de cessar-fogo na guerra, considerado frágil. Trump falou que os EUA “assumiriam” Gaza no pós-guerra e os palestinos seriam removidos do território, o que gerou forte crítica internacional.
O próprio Hamas também repudiou a fala de Trump, qualificando-a como “racista” e pediu para que as facções palestinas se unam contra os EUA. A reação do grupo terrorista, que disse ainda que “nenhum palestino deixará Gaza”, causou temores de que o cessar-fogo no território se tornasse ainda mais frágil.
Refém israelense Arbel Yehud, de 29 anos, sendo conduzida por membros do grupo terrorista Hamas em meio a multidão durante libertação em 30 de janeiro de 2025.
REUTERS/Ramadan Abed TPX IMAGES OF THE DAY
Um porta-voz do Fórum das Famílias de Reféns, a principal associação de parentes, também relatou à AFP o atraso no recebimento dos nomes, o que gerou cobranças ao governo israelense para pressionar o grupo terrorista.
O acordo de cessar-fogo que entrou em vigor em 19 de janeiro previa a libertação de “vários reféns” neste sábado, segundo agências de notícias. Ainda não se sabe se era prevista a soltura de mais reféns no sábado.
Segunda fase
Libertação de reféns do Hamas ocorreu em meio a multidão no sul da Faixa de Gaza
As negociações indiretas entre Hamas e Israel sobre a segunda fase do acordo começaram na terça-feira (4) no Catar, um dos três mediadores do processo, ao lado de Estados Unidos e Egito, segundo um porta-voz do movimento palestino. A nova etapa deve resultar na libertação de todos os reféns e no fim definitivo da guerra em Gaza.
Durante a visita a Washington do premiê israelense a Washington, Donald Trump anunciou a proposta surpreendente de assumir o controle do território palestino e transferir a população de Gaza para países vizinhos, com o objetivo de possibilitar a reconstrução.
“A Faixa de Gaza será entregue aos Estados Unidos por Israel ao final da luta”, afirmou Trump. Ele acrescentou que os palestinos serão “realocados em comunidades muito mais seguras e bonitas, com casas novas e modernas, na região”, como no Egito ou Jordânia, escreveu em sua rede Truth Social.
Os dois países, no entanto, rejeitaram com veemência a proposta.
Apesar de vago, o plano de Trump deixa em perigo a ideia de uma solução de dois Estados para solucionar o conflito palestino-israelense de décadas. A opção é defendida por grande parte da comunidade internacional, mas Israel se opõe.
Desde seu retorno à Casa Branca em 20 de janeiro, o republicano multiplicou os gestos de apoio a Israel. O mais recente aconteceu na quinta-feira, quando assinou uma ordem executiva que prevê sanções contra o Tribunal Penal Internacional (TPI) por empreender “ações ilegais” contra os Estados Unidos e Israel.
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Fonte: G1

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