segunda-feira, 16, junho , 2025 12:22

Haddad promove explosão fiscal enquanto Lula traça “plano divino” para 2026

Não tem folga mesmo para o brasileiro. Quando o assunto são impostos e taxações, a corda aperta para todos os lados. Enquanto o ministro Fernando Haddad quer compensações pelo recuo no aumento do IOF colocando mais cobranças, o Congresso também não ajuda, recusando-se a abrir mão das emendas parlamentares. O resultado é um jogo de empurra-empurra que só faz levar o país para o colapso, em vez de um ajuste fiscal.

E enquanto o dilema do ajuste fiscal de Haddad segue, as atenções já se voltam para as eleições de 2026. O presidente Lula, com seu peculiar senso de humor e fé, já sinaliza a intenção de buscar a reeleição, afirmando que uma “quarta vez” seria “coisa de Deus”. Mas será que o Brasil aguenta mais uma rodada desse “plano divino”?

Brasil à beira do colapso

O governo Lula quer zerar o déficit primário através de novas taxações – como o aumento da alíquota sobre apostas online, a cobrança de IR sobre LCIs, LCAs, fintechs, cooperativas de crédito e Juros sobre Capital Próprio (JCP) – mas evita cortes estruturais nos gastos públicos. Por outro lado, o Congresso resiste a novos impostos e defende a responsabilidade fiscal, mas se recusa a abrir mão de emendas parlamentares e evita temas sensíveis de corte de gastos, como a revisão de benefícios fiscais onerosos como o Simples Nacional e a Zona Franca de Manaus.

Economistas vêm classificando as medidas de ajuste fiscal de Haddad como “remendos” e um jogo de empurra-empurra entre Executivo e Legislativo, indicando que o ajuste fiscal não é prioridade. A situação é agravada pelo próprio governo, que restaurou mecanismos de aumento automático de despesas e pôs fim ao teto de gastos, resultando em despesas obrigatórias que já consomem mais de 94% do Orçamento e o retorno de precatórios.

O cenário leva à falta de espaço para despesas discricionárias e a uma dívida pública insustentável, com o risco iminente de o país entrar em uma situação de dominância fiscal, onde o descontrole dos gastos compromete a capacidade de controle da inflação pelo Banco Central.

Lula pela quarta vez?

O presidente Lula voltou a sinalizar sua intenção de se candidatar à reeleição em 2026, embora ainda não tenha oficializado a decisão publicamente, apenas a aliados. Durante um evento em Mariana (MG) o presidente afirmou que sua eleição foi “um milagre” e declarou: “Se brincar, vai ter a quarta vez”.

Apesar do PT reafirmar Lula como o único candidato da esquerda, pesquisas recentes indicam uma deterioração de seu capital político, com diminuição da margem de diferença para potenciais nomes da oposição, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ainda que inelegível, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Michelle Bolsonaro (PL), Ratinho Jr. (PSD-PR) e Eduardo Leite (PSD-RS).

A queda na popularidade é atribuída ao alto preço dos alimentos e a sucessivas crises, como a suposta tentativa de monitorar transferências PIX e cobranças indevidas do INSS – além dos seguidos aumentos de impostos ao longo da gestão.

noticia por : Gazeta do Povo

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