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quarta-feira, janeiro 8, 2025

Forte terremoto deixa ao menos 50 mortos na região de Tibete, na China

Ao menos 53 pessoas morreram devido a um forte terramoto na região montanhosa do Tibete na madrugada desta terça-feira (7).

O abalo sísmico causou o colapso de “numerosos edifícios” e foi sentido na Índia e Nepal.

Vídeos publicados pela emissora estatal chinesa CCTV mostram casas destruídas com paredes desabadas e escombros nas ruas, onde equipes de resgate já trabalham e distribuem cobertores a sobreviventes.

De acordo com o China Earthquake Network Center –órgão responsável por monitorar terremotos–, o tremos teve magnitude de 6,8 e foi localizado no condado de Dingri, perto da fronteira com o Nepal. O Serviço Geológico dos EUA estimou a magnitude em 7,1.

A televisão CCTV exibiu imagens de carros enterrados sob tijolos e de clientes de supermercados fugindo, enquanto o tremor fazia as prateleiras tremerem e os produtos caírem no chão.

Bombeiros em uniformes laranja se moviam em meio à destruição, atendendo sobreviventes e idosos cobertos com cobertores grossos, segundo a transmissão.

“Cinquenta e três pessoas morreram e outras 62 ficaram feridas pelo terramoto que ocorreu às 09h05, hora local”, informou a agência de notícias estatal Xinhua. Cerca de 1 mil casas sofreram danos.

“O condado de Dingri e seus arredores sofreram tremores muito fortes e muitos edifícios desabaram perto do epicentro”, informou a CCTV.

O presidente chinês, Xi Jinping, apelou a “esforços de busca e salvamento em grande escala, minimizando ao máximo as vítimas, realocando adequadamente os residentes afetados e garantindo a sua segurança e bem-estar no inverno”, acrescentou esta rede.

A Xinhua garantiu que “as autoridades locais estão contatando várias cidades do condado para avaliar o impacto do terremoto“. Complementou que também foram enviadas ajuda emergencial, como tendas de algodão, colchas e outros materiais para resistir às intempéries da região.

As temperaturas diurnas em Dingri rondaram os -8ºC e à tarde devem cair para -18ºC, segundo a Administração Meteorológica da China.

Este condado na região do Tibete tem uma população de cerca de 62 mil pessoas e está localizado na encosta chinesa do Monte Everest. Embora os tremores sejam comuns nesta região, o desta terça-feira é o mais intenso registrado em um raio de 200 km nos últimos cinco anos, conforme o centro sísmico chinês.

O tremor também foi observado na capital do Nepal, Katmandu, localizada a mais de 200 km do epicentro, e no povoado de Lobuche, próximo ao acampamento base do Everest.

“Aqui tremeu muito, todos estão acordados, mas não sabemos se houve algum dano”, disse o funcionário do governo Jagat Prasad Bhusal, na região de Namche, no Nepal.

O porta-voz do Ministério do Interior do Nepal, Rishi Ram Tiwari, disse que nenhum dano ou morte foi relatado até agora, mas as forças de segurança foram mobilizadas.

O Nepal está localizado em uma falha geológica onde a placa tectônica indiana pressiona a placa euroasiática, o que formou a cordilheira do Himalaia e torna os terremotos frequentes na área.

Em 2015, quase 9 mil pessoas morreram e mais de 22 mil ficaram feridas devido a um terramoto de magnitude 7,8 no Nepal, que destruiu mais de meio milhão de casas.

Os tremores desta terça-feira também atingiram o estádio indiano em Bihar, mas não há relatos de feridos.

Em Janeiro do ano passado, três pessoas morreram e dezenas ficaram feridas num terremoto de magnitude 7 na zona montanhosa da China.

Um mês antes, outro terremoto no noroeste da China matou 148 pessoas e deslocou milhares na província de Gansu -este último foi o terremoto mais mortal no gigante asiático desde 2014, quando mais de 600 pessoas morreram na província de Yunnan, no sudoeste.

noticia por : UOL

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