Tido como a “grande novidade” na disputa eleitoral de novembro em Várzea Grande, o empresário do setor frigorífico, Flávio Vargas (PSB), conhecido como Flávio Frical, oficializou seu nome para a disputa do Paço Couto Magalhães durante convenção na noite desta quarta-feira (16) e anunciou o apoio de 13 partidos em seu projeto para “retirar do poder” a família Campos e seus aliados. Oriundo do meio empresarial, ele terá como vice o coronel Zilmar Dias da Silva (PSL) e deixou claro que seu projeto é fazer a cidade voltar a gerar empregos e resolver no primeiro ano de mandato a falta d’água, que é um problema crônico que afeta toda a cidade há várias décadas.
Vargas não perdeu a oportunidade de responder às perguntas sobre a “rivalidade” política que já se instalou entre seu grupo e a coligação apoiada pela atual prefeita Lucimar Campos (DEM), que caminha para encerrar seu segundo mandato e pretende deixar como sucessor o ex-vereador Kalil Baracat (MDB), que inclusive, já fez parte do staff da democrata. Em entrevistas e nos últimos atos políticos, Lucimar e seu marido, o senador Jayme Campos têm disparado críticas a Flávio Vargas chamando-o de aventureiro e alertando a população para que não caia no “conto do vigário”, pois, segundo ela, a oposição só faz usar palavras bonitas e falar mal da família Campos.
O pré-candidato observou que a gestora tem direito de falar o que quiser, mas ele tem uma história construída em Várzea Grande. “Eu cheguei aqui há mais de 40 anos, construí minha história aqui, minha empresa, minha família. Eu gero empregos e renda há 25 anos aqui na cidade. Equivocadamente, ela está me chamando de aventureiro, mas eu me sinto um várzea-grandense de fato”, rebateu.
Flávio lembrou que seu adversário nas urnas não será nenhum integrante do clã que há décadas se reveza no comando da Cidade. “Jayme, Julio e Lucimar nem são mais candidatos. O nosso adversário agora é o Kalil e Hazama. Então, vamos levar propostas. Nunca fomos oposição a ninguém e vamos continuar com a mesma forma de trabalho, levar nossas ideias e planos de governo pra melhorar nossa cidade. Ataque não faz parte da nossa história. Queremos mostrar ao povo que somos um grupo diferente, que pensa numa Várzea Grande melhor”, pontuou.
Ele também foi questionado sobre a estratégia do deputado federal Emanuelzinho (PTB), filho do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), que se mudou para Várzea Grande há pouco tempo para disputar o cargo de prefeito aos 26 anos e exercendo seu primeiro mandato eletivo, que é reflexo da atuação e articulação política do pai nas eleições de 2018. “Ele quer vir, mas nunca conviveu e nunca trabalhou aqui. Não sabe da nossa realidade, eu acho correto, mas não é justo”, comentou.
Sobre os problemas vivenciados pelos moradores do segundo maior município do Estado que está quase sendo ultrapassado por Rondonópolis em todos os setores, o pré-candidato do PSB pontuou que a família Campos não foi capaz de solucionar. “Várzea Grande, a gente vê muitos problemas e muita maquiagem. Tem a água, saúde e educação são os básicos que nunca foi resolvido. Eles [família Campos] já tiveram muito tempo para resolver e não conseguiram. Agora é nossa hora, nosso compromisso de resolver esse problema de Várzea Grande”, afirmou.
Flávio Frical afirmou que não pretende privatizar o Departamento de Água e Esgosto se for eleito. “Temos um projeto já pra água. No primeiro ano nós resolvemos o problema da água. Falo com certeza: privatizar é só pra quem não sabe administrar. E nós temos gestão e vamos gerir o DAE como uma empresa que vai resolver os problemas de Várzea Grande”, afirmou o empresário.
13 PARTIDOS
De acordo com Flávio Frical, a convenção para confirmar seu nome para a disputa de novembro representa a realização de um sonho e reúne pessoas e 13 partidos que acreditam numa Cidade melhor para todos. Na coligação estão: PSB, Pros, PSL, PSC, PRB, Avante, Podemos, Patriota, Solidariedade, PRTB, DC, PDT e PV.
“Agora é afirmação desse grupo. Estamos numa linha de pensamento pra mudar a cidade. Não teve promessa de cargos, oferta de dinheiro, não teve nada. Tudo foi numa linha de quem pensa igual a mim pra mudar a história da nossa cidade. Todos os partidos que vieram com a gente pensam igual a mim, numa Várzea Grande melhor e diferente. Todos vieram em cima de um ideal de um desejo de realmente mudar a nossa cidade”, disse Frical.
Fonte: Folhamax