APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), revelou nesta sexta-feira (03) que herdou uma dívida de R$ 94 milhões, fruto de cifras empenhadas, mas não quitadas, pela gestão anterior. Esse é um levantamento parcial, já que o valor pode ser maior.
Questionada, a prefeita não soube dizer quanto tem em caixa nestes primeiros dias da administração para começar a saldar a dívida, mas que ações de enxugamento já começaram a ser colocadas em prática.
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“Antes de se assumir eu já tinha plena convicção de que teria de enxugar a folha salarial, mas essa é agora uma necessidade real, questão de sobrevivência. Os desligamentos de cargos em comissão e em contrato aconteceram na virada do ano e as recontratações são de acordo com a demanda, pois a máquina tem de ser enxuta”, disse Flávia. Ela ainda afirmou que a prioridade será contratar profissionais das atividades fim, como médicos, enfermeiros e professores.
Flávia também afirmou que além do comprometimento financeiro, existem problemas estruturais em prédios públicos. Ela citou as “condições precárias” do Pronto Socorro Municipal, que foi um dos primeiros lugares vistoriados por ela no início do mandato.
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A prefeita prometeu uma força-tarefa para melhorar o ambiente de trabalho aos servidores e a estrutura de forma geral aos usuários. “Vamos nos debruçar sobre um plano de ação imediato para recuperação estrutural. O Pronto Socorro está sem macas e camas, leitos são insuficientes e vamos buscar recursos para investir na saúde”, disse.
Conforme a prefeita, o foco dos primeiros 100 dias de gestão será fazer a água chegar nas casas dos moradores e melhorar a situação da saúde pública na cidade.
A principal medida anunciada com relação ao Departamento de Água e Esgoto (DAE) é o combate aos vazamentos em decorrência do encanamento velho. A prefeita disse que a estimativa oficial é de que 80% dos problemas relacionados ao abastecimento em Várzea Grande se dão por conta desses vazamentos.
Paralelamente, a prefeita prometeu adotar medidas emergenciais de curto prazo, como a realização de manobras nas ETAs e o uso de caminhões-pipa. “Vamos adotar medidas de manobras das ETAs, adotar regime alternado, enviar caminhões-pipas na medida do possível e assim reduzir o tempo que a população fica sem água”, disse.
Questionada sobre o transporte público, a prefeita explicou que vai realizar um diagnóstico para avaliar com maior assertividade a questão, focando na mobilidade urbana. Flávia também foi taxativa ao afirmar que, nos primeiros 100 dias, a equipe recém-empossada recebeu a atribuição de levantar a situação funcional, elencar o impacto financeiro de reajustes salariais, seja com aumento do salário-base, bem como pelo enquadramento por tempo de serviço e ou por títulos.
FONTE : ReporterMT