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A Unidade de Pronto Atendimento – UPA, definida pelo Município de Rondonópolis para abrigar mais 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva – UTI COVID-19, possui, atualmente, um resguardo técnico deficitário para auxílio do tratamento da pandemia, bem como de outras necessidades clínicas. Não há na unidade um tomógrafo e até o raio-x não estaria apto a captar imagens de tórax, mas apenas de pequenos membros.
Esta é a denúncia que chegou até a vereadora Kalynka Meirelles (REPUBLICANOS), que em requerimento pediu informações e providências ao prefeito, Zé Carlos do Pátio (SD), bem como ao secretário municipal de saúde, Rodrigo Ferreira. Segundo o documento despachado pela parlamentar, os pacientes que precisam de exames de imagem para acompanhamento do quadro pulmonar, por exemplo, são deslocados.
“Neste momento, temos em curso uma corrida contra o tempo. Precisamos estruturar nossas unidades o mais rápido possível, não só para a grande demanda de acidentados e outras patologias, mas em especial aos inúmeros infectados por COVID. Um exame desse pode fazer toda a diferença entre a vida e a morte e é por isso que estamos cobrando urgência dos gestores responsáveis”, alertou a parlamentar.
A vereadora salienta que, a partir do momento que a UPA também se torna um hospital referência em COVID, é fundamental que os pacientes infectados não tenham que sair da unidade para realizar partes do tratamento em outros locais e não só por eles próprios. Segundo ela, o deslocamento de infectados coloca em risco profissionais de unidades parceiras e até os pacientes que eventualmente estejam nas mesmas.
“Há a possibilidade até de uso do raio-x do P.A. infantil, isso não é razoável. Temos que restringir ao máximo o contato da pessoa infectada, até porque naquele momento ela é o transporte do vírus. Ocorre que sem estrutura devida na UPA, serão necessárias estas remoções e isso pode agravar demais as coisas. Peço encarecidamente ao Município que de maneira célere adquira a estrutura necessária, desde o reparo do raio-x até a compra do tomógrafo e o que mais for preciso. A UPA precisa ter todo o resguardo técnico necessário”, finalizou.
Também membro do parlamento municipal e médico atuante em Rondonopolis, o Dr. José Felipe Horta endossou as palavras de Kalynka e falou sobre os riscos de uma UTI COVID sem tomógrafo e também sem estrutura para hemodiálise, que é como se encontra hoje os 10 leitos anunciados na UPA.
“Com o processo inflamatório pulmonar sendo a causa principal dos óbitos de COVID, o exame ouro pra detectar lesões no pulmão é a tomografia. Não há como ter controle da evolução da doença sem esse recurso. Na Santa Casa, Regional e Unimed o tomógrafo está dentro da UTI COVID (…) O mesmo vale para a hemodiálise, já que a insuficiência renal também mata o paciente COVID. É preciso ter esse aparelho móvel pra fazer a hemodiálise no próprio leito. O que sempre questionamos foi a montagem da UTI, mas agora o que pedimos é a transparência e qualidade no atendimento e tratamento do paciente. Uma UTI COVID precisa ter suporte técnico de um cirurgião, vascular, neurologista e assim por diante…”, acrescentou o especialista.
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