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O governo de Mato Grosso decretou emergência ambiental, entre os meses de maio e novembro, e adiantou o período proibitivo de queimadas na zona rural em todo o estado. Na zona urbana, as queimadas são proibidas o ano todo. A medida de regulamentação foi publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (18).
A medida é preventiva por causa da alta probabilidade de ocorrência de incêndios florestais com o início do período de estiagem, a partir deste mês.
Mato grosso já é o estado com maior número de focos de calor no país até agora, com 2.661 focos, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O decreto de emergência vai possibilitar a contratação imediata de 100 brigadistas temporários para auxiliar as forças de segurança no combate aos incêndios florestais.
Com a determinação, fica proibida qualquer atividade de limpeza de pastagem com o uso do fogo nas áreas rurais entre os dias 1º de julho a 30 de outubro.
O estado anunciou que já investiu mais de R$ 2,5 milhões e inaugurou uma unidade do Corpo de Bombeiros em Poconé, para atuar em caso de incêndios no pantanal. Também foram investidos R$ 3,5 milhões para aquisição de materiais e equipamentos para ações de combate aos incêndios.
O estado informou que também intensificou, desde o início do ano, o monitoramento por satélite de todo o território mato-grossense para identificar alterações de vegetação e focos de calor com rapidez.
Imagens de satélite mostram que o centro-oeste inteiro está seco e corre o risco de novos incêndios florestais. Mato grosso se divide em vermelho claro, que indica risco alto, e vermelho escuro, risco altíssimo.
No ano passado, a seca foi um dos fatores do aumento dos incêndios que devastaram as terras indígenas e causaram uma tragédia ambiental no Pantanal, com 4,5 milhões de hectares destruídos pelas chamas, segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
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