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Cadeiras vazias, esse foi o cenário encontrado na sala de eventos do Hotel Fazenda Mato Grosso as 15h, horário marcado para a reunião organizada pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) a outros prefeitos da legenda nesta segunda-feira (13). Após quase duas horas do que era previsto para o início do encontro, parte dos acentos foram ocupados, mas não da forma esperada pelo emedebista.
O comandante do Palácio Alencastro convidou 35 prefeitos e vices do MDB com o objetivo de unificar o partido e ouvir a opinião dos gestores municipais em relação à gestão do governador Mauro Mendes (DEM), que é o seu principal desafeto político. No entanto, apenas 9 deles atenderam ao convite. Grande parte das lideranças optaram por “se fazer presentes” por meio de seus representantes.
Mesmo diante da baixa da adesão de seus correligionários, Emanuel adentrou as partições do hotel estampando um grande sorriso no rosto. Antes de entrar na sala onde seria realizada a conversa com os prefeitos, Emanuel negou qualquer insatisfação com os faltosos e alegou que o importante seria ouvir a opinião de cada gestor “independente da resposta”.
“Alguns prefeitos não puderam vir e avisaram, outros prefeitos mandaram representantes, outros estão chegando. O importante é que possamos alinhar mais o pensamento do partido dentro do possível. Eu prefiro conversar com 5 e terminar com 100 do que começar com 100 e terminar com 5”, amenizou.
Enquanto Emanuel falava com os jornalistas, o presidente do MDB em Mato Grosso, o deputado Carlos Bezerra chegava para a reunião. Vagarosamente, o cacique do partido se posicionou na porta da sala para o falar com a imprensa. Ao lado do prefeito cuiabano, Bezerra negou o real objetivo do encontro, colocando o comandante do Alencastro numa “saia justa”.
“Vamos discutir a situação do MDB no Estado todo. O partido é grande e os prefeitos são lideranças do partido e precisam ser ouvidos. As discussões de governo nós só vamos tratar no ano que vem”, disparou.
Durante a reunião, Emanuel reiterou seus descontentamentos com a gestão estadual, só que de forma um pouco mais moderada do que havia exposto para imprensa, instantes antes de entrar no salão e se sentar ao lado de Bezerra. O chefe do Executivo afirmou que não iria impor uma candidatura própria, mas defendeu o formato mais populista para o Estado.
“Eu não quero me gabar de um Estado bilionário e um povo pobre. Um Estado que tem as contas no azul enquanto o povo vive no vermelho. A maioria dos municípios vivem nas expectativas de serem ajudados. Quem sabe com o respeito partidário do municipalismo, nós conseguimos conversar a construção de um novo projeto político”, defendeu.
Ao final Emanuel ouviu os convidados, que evitaram críticas ao governo do Estado. Um deles foi o de Chapada dos Guimarães, Osmar Froner de Mello (MDB), que rasgou elogios a gestão estadual. “O MDB está na base do governo com o Silvano que está na Secretaria de Agricultura fazendo um ótimo trabalho. Nós temos que ter a capacidade de dialogar, de avançar e escolher o que é melhor para o partido fortalecer mais, essa é a pauta que eu defendo”, disse.
já a vice-prefeita de Barra do Bugres, Maria Azenilda Pereira, confirmou o “sentimento partidário” que a deputada Janaina Riva já alertava que seria transmitida durante o encontro. A gestora afirmou que o município tem sido atendido pelo Palácio Paiaguás e acredita na permanência do MDB no arco de aliança do governador.
“O governo tem reagido com a expectativa que nós esperamos. Eu acredito que nesse sentido o partido pode continuar com essa aliança com o governo”, acrescentou.
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