Essa foi a primeira vez que a líder da oposição venezuelana se manifesta após ser presa e libertada, na quinta-feira (9). Segundo ela, Edmundo González tomará posse como presidente no momento certo. María Corina Machado durante pronunciamento em 10 de janeiro de 2025
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A líder opositora venezuelana, María Corina Machado, afirmou que Nicolás Maduro consumou um golpe de Estado no país ao assumir a presidência durante a cerimônia de posse, nesta sexta-feira (10). Esta foi a primeira vez que a opositora falou após ficar algumas horas detida, na quinta-feira (9).
María Corina foi detida enquanto deixava uma manifestação contra Maduro na região de Caracas. Segundo a oposição, ela foi libertada após gravar um vídeo e está em segurança. O governo venezuelano nega a prisão e chamou o episódio de “teatro”.
Segundo a líder opositora, Maduro está conseguindo se manter no poder com o apoio dos “ditadores de Cuba e Nicarágua”.
“Hoje, 10 de janeiro, Maduro consolida um golpe de Estado diante dos venezuelanos e do mundo. Decidiram cruzar a linha vermelha, oficializando a violação da Constituição Nacional. Pisoteiam nossa Constituição”, afirmou.
Durante o vídeo, ela agradeceu às centenas de pessoas que foram às ruas protestar contra o regime Maduro na quinta-feira. Ela também comentou a presença dela em um dos atos, que marcou a primeira aparição pública da opositora desde agosto de 2024.
María Corina afirmou que foi interceptada enquanto deixava a manifestação em um comboio de três motos. Segundo ela, o grupo foi abordado por agentes da Polícia Nacional Bolivariana, que estavam armados.
A opositora disse ainda que foi arrancada brutalmente da moto onde estava e colocada em outra, entre dois homens. Segundo ela, houve tiros, e um membro da equipe dela ficou ferido.
“É assim que eles agem, atacando uma mulher pelas costas”, disse.
Segundo a opositora, ao chegar ao local desconhecido, um dos agentes disse que receberam ordens para que ela fosse liberada. No entanto, fizeram com que ela gravasse um vídeo como prova de vida.
“Estou bem agora, embora sinta dores fortes e tenha contusões em algumas partes do corpo. É evidente que o que aconteceu ontem demonstra as profundas contradições dentro do regime. A atuação errática deles é mais uma prova de como estão divididos internamente”, afirmou.
María Corina Machado diz acreditar que a repercussão da prisão dela na comunidade internacional pode ter feito com que o regime Maduro percebesse que havia cometido um erro.
“Todos sabemos que, a partir de hoje, a pressão aumentará ainda mais, até que Maduro entenda que isso acabou. Ontem, o regime reprimiu brutalmente, perseguindo e prendendo mais de 20 venezuelanos”, disse.
*A reportagem está sendo atualizada
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Fonte: G1
Em pronunciamento, María Corina Machado diz que Maduro consumou golpe de Estado na Venezuela
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