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terça-feira, fevereiro 4, 2025

El Salvador vai receber presos americanos e de outras nacionalidades


Segundo agência, não há precedente de um país democrático enviar seus próprios cidadãos para prisões estrangeiras. Chefe da diplomacia dos EUA confirmou informação. Presos em megaprisão de El Salvador
Lissette Lemus/BBC
O secretário de Estado americano, Marco Rubio, garantiu nesta segunda-feira (3) que o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, fez a oferta extraordinária de acolher presos com cidadania americana e de outras nacionalidades enviados dos Estados Unidos.
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“Ele fez a oferta para alojar em suas prisões criminosos perigosos detidos em nosso país, inclusive aqueles com cidadania americana e residência legal”, declarou Rubio à imprensa após sua reunião com Bukele.
Praticamente, não há nenhum precedente na época contemporânea de um país democrático enviar seus próprios cidadãos para prisões estrangeiras.
“Nenhum país jamais fez uma oferta de amizade como esta […] Estamos profundamente agradecidos. Falei com o presidente Trump sobre isso hoje cedo”, disse o chefe da diplomacia americana.
Rubio pareceu sugerir que a transferência de presos se concentraria em membros de gangues como a MS-13 (de El Salvador, Honduras e Guatemala) e o Trem de Aragua da Venezuela que adquiriram a cidadania americana.
“Qualquer imigrante ilegal nos Estados Unidos que seja um criminoso perigoso: MS-13, Trem de Aragua, o que seja… ele ofereceu suas prisões”, acrescentou Rubio.
Bukele tem grande popularidade por sua guerra contra as gangues, baseada em um regime de exceção que, desde 2022, deteve cerca de 83 mil pessoas sem ordem judicial, muitos delas inocentes, motivo pelo qual é criticado por grupos de direitos humanos.
Símbolo dessa guerra às gangues, o Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot), considerada a maior prisão da América Latina, foi inaugurada por Bukele há dois anos nos arredores de Tecoluca, 75 km a sudeste da capital San Salvador.
A prisão, cercada por enormes muros de concreto, está desenhada para 40 mil detidos, mas, atualmente, há cerca de 15 mil das gangues MS-13 e Barrio 18, que por décadas aterrorizaram a população salvadorenha.
A política de segurança de Bukele reduziu para mínimos históricos os homicídios em El Salvador, às custas dos direitos humanos, segundo seus críticos.
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Fonte: G1

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