quinta-feira, 29, maio , 2025 11:39

Eduardo "pensador" e Marina agredida: "Cría cuervos y te sacarán los ojos"

E notem que ele está por aí, falando pelos cotovelos mesmo depois da cafajestada. Já exaltou em circunstância anterior a própria paciência, dizendo ter conseguido ouvi-la sem enforcá-la, o que teria despertado até certa inveja em sua mulher, com quem ele não teria tanta paciência. Como as palavras fazem sentido, deve-se supor que já deixou claro em sua própria casa a disposição de enforcá-la.

Marcos Rogério preside a comissão. Assistiu calado à escalada de agressões à ministra até o momento em esta reagiu. E, então, a sua fúria de voltou contra a vítima. E, então, espancou o decoro e a língua: “Se ponha no teu lugar”. Não que surpreenda: este senhor atuou como um dos maiores sabotadores da CPMI da Covid. Estão por aí, depois de tudo, com microfones à disposição, a fazer praça de seu feito heroico.

EDUARDO
Falei aqui da tal “metafísica influente” em que essa gente deixou de ser a escória da civilização para ser referência e ponto de ancoragem respeitável de expectativas. Ora, não está Eduardo em toda parte um hortelão bem-sucedido em determinados nichos do ex-jornalismo, a vomitar as suas noções particularíssimas do estado de direito e do devido processo legal? Quando Marco Rubio, secretário de Estado daquele presidente que pune universidades, condescendeu com a possibilidade de punir o ministro Alexandre de Moraes — e o deputado licenciado a se jactar de sua empreitada bem-sucedida –, houve por aqui algumas reputações que preferiram criticar o ministro. “Ah, então ele não é criticável, Reinaldo?” Todo mundo é. Eu já fiz apostrofes atrevidas até com o Deus do Velho Testamento: intolerante, iracundo, sem critério a distinguir peixinhos de tubarões. O ponto não é esse. É que existe uma diferença nada ligeira entre reportar o que fazem e pensam os afascistados e alcá-los a condição de uma das vozes respeitáveis da democracia. A razão é simples: atuam para destruí-la.

O “pensador” Eduardo — agora alvo de inquérito aberto pela PF, a pedido da PGR, com autorização do Supremo — foi para as redes para anunciar o seu particularíssimo entendimento do devido processo legal. Como passou a ser tratado como um cara batuta, empolgou-se. Nas redes, escreveu:
“1- Gonet afirma que a PGR (por ele comandada) foi incluída, por mim, no pacote de sanções dos EUA contra ‘autoridades’ brasileiras. Sendo o Gonet uma delas, o PGR é impedido de atuar no caso.

2- O ministério público e a magistratura têm o dever legal de se declararem suspeitos ou impedidos. É óbvio o impedimento de um procurador e juiz que se dizem ‘alvo’ das medidas pretendidas pelo ‘investigado’.”

Observem que está a dizer que alcançou a notável posição de quem está acima do Poder Judiciário e do Ministério Público. Logo, o estado brasileiro passa agora a ser formado pelos Três Poderes, pelo Ministério Público e pela Família Bolsonaro, que, assim, torna-se o Poder dos Poderes.

noticia por : UOL

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