THIAGO NOVAES
DO REPÓRTER MT
O delegado João Antônio Batista Ribeiro Torres, que foi afastado do cargo na operação deflagrada pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil nesta terça-feira (29), em Lucas do Rio Verde (a 354 km de Cuiabá), já foi acusado de corrupção, abuso de poder, lavagem de dinheiro e assédio sexual, e chegou a ser preso em fevereiro deste ano.
Em janeiro, João Antônio foi denunciado por supostamente exigir R$ 30 mil para não instaurar um inquérito contra o proprietário de um veículo envolvido em um acidente de trânsito. Segundo a investigação, ele também teria recebido R$ 40 mil de um advogado para não dar andamento a um inquérito policial relacionado à falsidade ideológica.
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O delegado teria ainda praticado movimentações ilícitas e lavagem de dinheiro, utilizando uma empresa de grãos, da qual seria sócio. Ele também foi acusado de ter cometido assédio sexual contra uma servidora que acabou sendo exonerada.
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Já a operação deflagrada nesta terça-feira faz parte de um inquérito policial que apura a prática de crimes contra a administração pública, como concussão, lavagem de dinheiro e outros delitos.
O delegado foi afastado de suas funções e alvo de medidas cautelares que o proíbem de manter contato ou se aproximar das vítimas. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em uma residência e empresas.
Durante as buscas os policiais civis encontraram munições em uma residência no centro da cidade. Uma mulher, investigada por envolvimento no crime de lavagem de dinheiro, foi presa em flagrante delito por posse ilegal de munição.
As ordens judiciais foram decretadas pela Comarca de Lucas do Rio Verde, e o trabalho contou com a participação do Ministério Público Estadual.
FONTE : ReporterMT