O OVP é o único parceiro em potencial do FPO. As negociações, porém, parecem empacadas, com detalhes sobre divergências políticas em questões como imigração, a União Europeia e sanções contra a Rússia emergindo e o FPO insistindo que deveria controlar os poderosos ministérios das Finanças e do Interior.
“É muito, muito improvável que dará certo”, afirmou o negociador de política externa do OVP, Reinhold Lopatka, também um integrante do Parlamento Europeu, ao jornal Kleine Zeitung, acrescentando: “Não faz muito sentido continuar”.
Um documento de 223 páginas vazado ao longo do fim de semana resumindo as negociações até agora, com os pontos de concordância em verde e os de divergência em vermelho, mostrou o quão distantes estão os dois lados, mesmo em imigração, sobre a qual ambos adotam uma postura dura.
Segundo o documento, com data de 4 de fevereiro e visto pela Reuters, o OVP não apoiou propostas do FPO, como interpretar decisões de tribunais internacionais da forma mais restritiva possível, negociar exceções austríacas às sanções da UE contra a Rússia e pagar indenizações a quem foi “prejudicado” por legislações relacionadas à Covid-19.
Até o líder do FPO, Herbert Kickl, ser encarregado de formar um governo, o OVP o descrevia como um extremista e teórico da conspiração. Ele se opôs às restrições da Covid-19, como os lockdowns, e moveu o seu partido na direção de grupos de direita classificados como extremistas.
Ao fim da tarde, Kickl havia dito à emissora nacional ORF e à Servus TV que as negociações e o clima eram “bons”, embora os dois lados tivessem “posições claras”.
noticia por : UOL