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sábado, novembro 23, 2024

CASO WANDERLEY: Juiz recebe denúncia e determina avaliação psicológica de dupla que matou assessor parlamentar

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O juiz Wladimyr Perri, da 12ª Vara Criminal, acolheu, nesta terça-feira (21), a denúncia contra Richard Estaques Aguiar Conceição e Murilo Henrique de Souza pelo homicídio do assessor parlamentar Wanderley Leandro Nascimento, ocorrido em fevereiro deste ano. O magistrado também determinou que os dois passem por avaliação psicológica para aferir a personalidade dos acusados em face do critério da dosimetria da pena referente às circunstâncias judiciais do caso.

No documento, o magistrado afirmou que a denúncia narra com ‘perfeição’ a ocorrência dos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver, com indícios suficientes da autoria imputada aos denunciados, “eis que, são confessos das práticas delituosas, além do que, em vários depoimentos, relatórios de investigações e vídeo do réu Murilo, se constata de forma bastante clara a existência desses indícios”.

Murilo e Richard passarão por audiência de instrução no dia 25 de abril, às 16h. Depois da audiência, o magistrado decidirá sobre o pronunciamento dos réus que, a partir daí, se pronunciados, aguardarão julgamento do Tribunal do Júri. Se condenados, o juiz passará à dosimetria da pena, estágio no qual será considerado o laudo da avaliação psicológica determinada na decisão desta terça-feira.

O CASO

A narrativa que levou à morte de Wanderley teve início no dia 16 de fevereiro, quando ele participou de uma “resenha” com os algozes. Richard, em depoimento à polícia, revelou ser um dos “boys” do assessor parlamentar e que recebia dinheiro dele para manter encontros sexuais com a vítima. O relacionamento entre os dois já durava quatro anos. Murilo, por sua vez, tinha recém conhecido Wanderley.

A situação teria saído de controle depois que Wanderley teria feito investidas sexuais em meninos menores de idade. Revoltados, Murilo e Richard asfixiaram o assessor parlamentar no dia 17 de fevereiro e o corpo foi desovado logo em seguida, na região do Cinturão Verde, no bairro Pedra 90.

A dupla ainda fugiu com o carro da vítima e alguns bens, como uma televisão, um notebook e celulares. Nas investigações, a polícia concluiu que Wanderley oferecia dinheiro para manter relações sexuais com menores de idade e que mantinha uma casa, onde ele foi morto, com diversos atrativos para os adolescentes, como videogames.

A família negou que o assessor parlamentar se relacionasse com menores de idade.

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