Débora ficou conhecida por pichar com batom a estátua da Justiça em frente ao STF. Mas a acusação contra ela não se limita a esse único ato. Segundo a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República), a mulher participou do quebra-quebra e se associou conscientemente aos demais participantes dos atos golpistas de 8 de Janeiro.
Débora ainda não foi condenada. Manifestantes exibem cartaz com batom, dizendo “usar essa arma te condena a 14 anos”, mas isso não é verdade: Débora ainda não foi condenada. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, sugeriu uma pena de 14 anos de prisão por cinco crimes: abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada.
Para ela ser, de fato, condenada, ao menos três dos cinco ministros da Primeira Turma do STF têm de apoiar esse entendimento, e o julgamento ainda não acabou. Até o momento, há dois votos nesse sentido, o de Moraes e o do ministro Flávio Dino. O ministro Luiz Fux suspendeu a análise por até 90 dias, e sinalizou que vai pedir uma revisão da pena.

Homem diz ter viajado 1.200 km para participar de manifestação. O autônomo José Oliveira, 58, veio numa caravana de Montanha (RS) fazer um bate-volta em São Paulo. “Eu estou aqui para protestar pelas penas desproporcionais que foram aplicadas. É um absurdo. Hoje não é um ato fora Lula, é por justiça por essas pessoas. Multas milionárias, como é o caso da Débora, por causa de um batom.”
Governadores apoiam ato com Bolsonaro
Sete governadores foram à manifestação. Romeu Zema (Novo-MG), Jorginho Mello (PL-SC), Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ronaldo Caiado (União-GO), Wilson Lima (PL-AM), Ratinho Jr. (PSD-PR) e Mauro Mendes (União-MT) posaram ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro em foto divulgada pelo líder da bancada evangélica na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).
noticia por : UOL