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Os números de golpes praticados pela internet aumentaram 27%, de janeiro a setembro deste ano. Os dados se referem aos registros de fraudes pelo WhatsApp. Segundo a polícia, nesta época de fim de ano o número de golpes aumentam ainda mais.
O dentista Emílio Marquardt já teve o celular invadido por hacker várias vezes, com acesso a lista de contatos, os criminosos criaram um perfil falso de WhatsApp e começaram a pedir dinheiro e um amigo caiu no golpe. “O estelionatário entrou em contato com ele e pediu R$ 1,2 mil porque o ‘meu cartão’ estava quebrado e não havia chego o novo, coincidentemente, essa história era verídica e ele acabou fazendo o deposito”, afirmou.
Já a Jéssica acreditou em um anúncio falso da internet, o nome da loja era verdadeira, mas o telefone informado era estelionatário. Ela entrou em contato e fez um depósito de R$ 500 para garantir a compra, mesmo sem ver o carro de perto. “Ele me disse que esse carro estava tendo muita procura e me sugeriu a fazer uma reserva com o pagamento de R$ 500. Eu pedi a conta. Antes, eu achei que a empresa era aqui de Cuiabá, o recibo voltou e constava o nome de uma empresa em Sorriso (MT), levei um susto”, disse.
Os bandidos usam as redes sociais que promovem contatos entre vendedores e compradores. Eles anunciam produtos que não existem.
Nesta semana, a polícia prendeu, em Cuiabá, um rapaz de 19 anos, suspeito de realizar esses golpes. Com ele foram encontrados vários cartões de bancos e R$ 5,2 mil em dinheiro.
Em todo estado, o número de estelionato pela internet, cresceram 6%, de janeiro a setembro. Foram 10.799 casos de janeiro a setembro de 2020 e 11.450 casos, de janeiro a setembro de 2021.
Dos golpes, 27% foram de clonagem de WhatsApp; 20% de site de comércio eletrônicos e outros 20% em leilões, alugueis e outros.
A polícia divulgou três informações básicas sobre como não cair em golpes na internet:
- Se ficar interessado por um anúncio, leia com atenção e pesquise bem a oferta.
- Entre em contato direto como vendedor e não faça pagamentos antecipados.
- Antes de clicar em um link, navegue no site da empresa de comércio eletrônico.
“Sempre priorizar o site da empresa, se você tem um link não clique direto e busque pelo site oficial. Os links, muitas vezes, são uma espécie de armadilha. Então, você vai colocar seus dados, o número do seu cartão e a partir daí eles têm dados sensíveis das pessoas e podem fazer estrago”, destacou o delegado João Henrique de Brito Santos.
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