Suspeito ficou sentado por alguns minutos, abalado e resmungando sobre chamar a polícia. A advogada relatou que considerou o homem uma ”pessoa normal com quem você se depara na rua”. Mas, conforme o tempo passava, um pensamento começou a surgir em sua cabeça: ”E se ele fez isso?”.
Em determinado momento, Elias se levantou e começou a gritar. ”Eu fiz isso, eu fiz isso por Gaza. Palestina livre”, teria dito. Na sequência, ele foi detido pelos policiais. Ontem, o suspeito foi acusado de dois homicídios em primeiro grau e homicídio de autoridades estrangeiras.
Quem era o atirador
Sem antecedentes criminais, Elias nasceu e cresceu em Chicago. Ele é filho de um sargento da Guarda Nacional de Illinois, que foi recrutado para o Iraque durante a guerra no país em 2003. Formado em Letras pela Universidade de Illinois, já trabalhou para a Associação Americana de Informação Osteopática, ajudando a verificar informações de médicos para um banco de dados.
Homem tinha histórico de ativismo. Segundo a imprensa americana, ele pode ter sido filiado a grupos marxistas-lenistas. O PSL, partido dos EUA para o Socialismo e Liberação, informou pelas redes sociais que ele teve uma breve ligação com um dos braços do grupo. No entanto, a legenda afirmou que não tem nenhum contato com ele há mais de sete anos. ”Não temos nada a ver com esse tiroteio e não o apoiamos”, escreveram.
Ele teria publicado uma carta horas antes do tiroteio. Investigadores analisam a publicação de um suposto perfil do suspeito no X, em que acusa Israel de ”genocídio”. ”Eu amo vocês, mãe, pai, irmãzinha, o resto da minha família”, dizia a mensagem, destacando também a frase ”Palestina Livre”.
noticia por : UOL