O general podia estar falando da fuga de Bolsonaro, da desistência do então presidente de tentar um golpe mesmo sem o apoio da cúpula do Exército e da Aeronáutica ou dos sentimentos sobre ambos ao mesmo tempo.
Cid, que ainda era ajudante de ordens de Jair, respondeu que Bolsonaro contou “com um assessoramento justo, leal e fiel do senhor”. E que “o futuro dirá” sobre Jair ter feito o certo.
Não é desconhecido que o general era simpático ao bolsonarismo, boa parte das Forças Armadas também são. A questão é que ele não viu condições de uma intentona golpista, dada à falta de apoio internacional, a conjuntura nacional, o posicionamento do Congresso e a resistência da maioria da sociedade.
E por ele e pelo brigadeiro Batista Júnior não terem pulado no colo de Jair, a coisa ficou difícil para o então presidente. Que até procurou outras opções, segundo a investigação da Polícia Federal, mas sem sucesso.
O general confirmou à Polícia Federal e, agora, ao STF que foi apresentado ao golpe.
Faz parte da defesa de réus, ainda mais réus por uma conspiração contra a democracia, usar todas as ferramentas à disposição. Cabe aos magistrados, à imprensa e à sociedade limparem o ruído ficando com o cerne da mensagem. No caso do depoimento do general Freire Gomes, de que Bolsonaro falou com as Forças Armadas sobre a tal minuta golpista.
noticia por : UOL