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A água da torneira que chega nas casas de Cuiabá e outras 17 cidades de Mato Grosso estão contaminadas com produtos químicos e radioativos acima do limite de segurança. É o que aponta um levantamento da ong Repórter Brasil divulgado nesta semana.
Conforme o estudo, as cidades com contaminação são Cuiabá, Alto Garças, Pedra Preta, Pontal do Araguaia, Primavera do Leste, Campo Verde, Cáceres, Tangará da Serra, Arenápolis, Paranatinga, Campinápolis, Sorriso, Comodoro, Sinop, Marcelândia, Guarantã do Norte, Confresa e Juína.
As informações são resultados de testes feitos por empresas ou órgãos de abastecimento e enviados ao Sisagua (Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano), do Ministério da Saúde.
Os testes são feitos após o tratamento e a maioria dessas substâncias não pode ser removida por filtros ou fervendo a água.
No Brasil, os testes mostraram que a contaminação está presente na água da torneira de 763 cidades. Os testes foram realizados entre os anos de 2018 e 2020.
As substâncias químicas e radioativas foram encontradas acima do limite em um de cada quatro municípios que fizeram os testes.
Substâncias encontradas
As cidades de Mato Grosso apontadas têm a água contaminada por substâncias com os maiores riscos de gerar doenças crônicas, como câncer, e substâncias que também geram outros riscos à saúde.
Na água da Capital, os testes indicaram a existência de nitrato. O elemento é classificado como provavelmente cancerígeno para humanos pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), órgão da Organização Mundial da Saúde.
“O nitrato e seus compostos são utilizados na fabricação de fertilizantes, conservantes de alimentos, explosivos e pela indústria farmacêutica na produção de medicamentos vasodilatadores”, mostra o levantamento.
Além do nitrato, nas outras 17 cidades de Mato Grosso foram encontrados elementos como chumbo e selênio, mercúrio, arsênio, lindano e benzo[a]pireno, cloreto de vinila, urânio, níquel, trihalometanos e outros.
O Repórter Brasil elaborou um mapa interativo que é possível identificar as cidades e as substâncias encontradas nos testes.
Há também a descrição dos danos causados pelos elementos.
Confira o mapa AQUI.
InformaMT/MidiaNews