Segundo o chefe dos Bombeiros da capital americana, as autoridades acreditam que a fuselagem da aeronave precisa ser removida antes que mais corpos possam ser recuperados e o clima segue dificultando as operações. O chefe dos bombeiros de DC, John A. Donnelly, fala à mídia
REUTERS/Eduardo Munoz
Após mais um dia de operações no rio Potomac, nesta sexta-feira (31), o Corpo de Bombeiros de Washington conseguiu recuperar mais 13 restos mortais das vítimas do acidente aéreo entre um avião da American Airlines e um helicóptero militar.
Em coletiva de imprensa, o chefe dos Bombeiros, John Donnely, afirmou que 41 corpos foram recuperados até agora – 28 já foram identificados – e que as autoridades acreditam que a fuselagem da aeronave precisa ser removida para que mais sejam encontrados.
De acordo com Donnely, o clima frio segue dificultando a operação de recuperação e a previsão de chuva para os próximos dias pode atrasar um pouco os esforços.
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Ele também disse que as equipes trabalharam a noite toda para resgatar mais vítimas e usaram varreduras de sonar para realizar buscas na costa e conduzir buscas aéreas.
Equipes recuperam destroços de aeronave no rio Potomac, em Washington, após a colisão do voo 5342 da American Airlines com um helicóptero militar
Carlos Barria/Reuters
Dois navios da guarda costeira estão ajudando as equipes de mergulho, e mais devem chegar neste sábado (1º). As autoridades estão pedindo aos moradores locais que relatem imediatamente quaisquer destroços ou restos mortais que encontrarem.
À pedido da família, nesta sexta, o Exército dos EUA tomou a decisão de não divulgar o nome de um dos três soldados mortos na colisão. Identificou o sargento Ryan Austin O’Hara e o suboficial Andrew Loyd Eaves, mas não forneceu detalhes sobre o terceiro ocupante do helicóptero, que seria uma mulher.
Nesta sexta, o presidente americano, Donald Trump, voltou a falar do acidente e afirmou que a aeronave estava voando “alto demais” e “muito além” do limite da altitude que deveria estar no momento da batida.
“O helicóptero Blackhawk estava voando muito alto, muito alto. Estava muito acima do limite de 200 pés. Isso não é muito complicado de entender, é???”, escreveu em sua rede social Truth Social.
Veja onde aconteceu colisão entre entre avião e helicóptero e como funciona espaço aéreo de Washington
O presidente não informou se a conclusão foi da investigação sobre o caso, que é conduzida pelo Conselho Nacional de Transportes dos EUA e pela Agência de Aviação Civil dos EUA (FAA, na sigla em inglês).
Já a avaliação inicial da FAA aponta para a torre de controle. Segundo um primeiro relatório da agência ao que a imprensa norte-americana e agências de notícias disseram ter tido acesso, a torre tinha menos controladores de voos operando no momento da colisão do que deveria haver para aquele período.
Uma fonte local ouvida pela Reuters disse que apenas um controlador, em vez de dois, estava lidando com o tráfego local de aviões e helicópteros na quarta-feira à noite no aeroporto Ronald Reagan, de onde o avião da American Airlines se aproximava para pousar no momento da batida.
Já o Conselho Nacional de Transportes começou a analisar as caixas pretas encontradas também na quinta pelas equipes de regaste. O conselho está estudando o gravador de voz da cabine e o gravador de dados de voo do avião CRJ700, da American Airlines.
O relatório preliminar sobre o acidente deve sair em 30 dias, como é de praxe.
O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB, em inglês), agência responsável pela investigação de acidentes aéreos dos EUA, disse nesta quinta-feira (30) que encontrou as caixas-pretas do Bombardier CRJ700 da American Airlines.
Segundo os investigadores, foram retirados do rio Potomac tanto o gravador de voz do cockpit quanto o gravador de dados de voo. Os equipamentos seguem agora para o laboratório do NTSB para avaliação.
As caixas pretas dos aviões são essenciais para ajudar a elucidar as causas de desastres aéreos e, assim, auxiliar na prevenção deles. Por exemplo: as caixas pretas do voo 447 da AirFrance, que caiu no Atlântico em 2009, puderam ser localizadas quase dois anos depois da queda da aeronave que fazia o trajeto Rio-Paris.
Os equipamentos são feitos de materiais ultra-resistentes. É esperado, portanto, que elas não tenham sido danificadas pela colisão e a queda no rio.
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Mapa mostra local de colisão entre avião e helicóptero perto de Washington, capital dos Estados Unidos, em 29 de janeiro de 2025.
arte/ g1
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Fonte: G1
Acidente aéreo em Washington: restos mortais de 41 das 67 vítimas já foram recuperados
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