O agente penitenciário Alexandre Myagawa de Barros, de 41 anos, morto a tiros nas costas pelo vereador Marcos Paccola (Republicanos), levou três minutos para ser baleado após sair do carro, em Cuiabá. É o que mostra o inquérito policial divulgado nessa sexta-feira (22) pela Polícia Civil.
A investigação aponta para o indiciamento do vereador pelo crime de homicídio qualificado por ter impossibilitado a defesa da vítima, uma vez que ele foi atingido nas costas por três tiros.
Segundo a cronologia do crime traçada pela polícia, Alexandre sai do carro pelo lado do caroneiro, às 19h12. Poucos minutos depois, às 19h16, o vereador é visto fazendo os disparos contra ele, que cai na rua e morre no local.
O homicídio ocorreu no dia 1º de julho, no Bairro Quilombo. No inquérito, a namorada da vítima, Janaína Sá, entra na contramão e quase bate de frente com um motociclista às 19h12, momento em que o casal para o carro e desce para que ela fosse até o banheiro de uma distribuidora de bebidas.
“É possível observar o exato momento em que um veículo de cor branca entra na contramão de frente com o motociclista, que muda de direção bruscamente se espremendo entre os carros estacionados para não ser atropelado”, diz o laudo.
O indiciamento
O procedimento foi protocolado no Tribunal de Justiça do estado (TJ-MT) nessa quarta-feira (20), e foi encaminhado ao Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo).
O laudo da perícia apontou que a vítima foi atingida por três disparos de arma de fogo pelas costas. De acordo com a perícia, um dos tiros não provocou ferimentos graves. Os outros dois, porém, causaram lesões nos pulmões, diafragma, fígado, átrio e pericárdio, e levaram à perda de muito sangue.
Informamt/g1-mt