InformaMT
Nos primeiros anos de vida das crianças é importante o controle e acompanhamento das vacinas, mas as cadernetas de saúde que são distribuídas pelo governo federal estão em falta, não só na região metropolitana de Cuiabá, mas em todo o país.
Em Cuiabá e em Várzea Grande, as mães e pais estão encontrando dificuldades e a recomendação que elas recebem nos próprios hospitais, unidades de saúde, é comprar. Há 15 anos p documento era distribuído de graça.
A Secretaria de Saúde de Cuiabá informou que a última remessa de cadernetas recebida foi em fevereiro de 2020 e que a secretaria fez pedido ao Ministério da Saúde. O órgão destaca que a falta dessas cadernetas não impedem a vacinação das crianças, que recebem um cartão provisório nas unidades básicas.
Em Várzea Grande, o secretário de Saúde também diz que já solicitou as cadernetas do governo federal.
As cadernetas de saúde da criança são distribuídas pelo governo federal aos municípios que repassam a hospitais públicos e privados e unidades de saúde. Apesar de poder ser impressa pelo site do Ministério da Saúde.
Logo na primeira página tem um aviso de que a venda é proibida.
Por causa da falta do material, desde o ano passado, é cada vez mais comum a comercialização de cópias, pela internet e papelarias.
Na região metropolitana de Cuiabá, as equipes da TV Centro América registraram que nos próprios postos de saúde, onde são aplicadas as vacinas, os funcionários recomendam a compra.
Até pela internet, tem cadernetas sendo vendidas, a partir de R$ 25 e algumas chegam até R$ 40. Algumas até com capa personalizada.
Os preços são variados.
A diferença é só a cor da capinha, o conteúdo é o mesmo, capinha colorida, conteúdo preto e branco.
Alguns lugares fazem por encomenda.
Também tem opções personalizadas, que são ainda mais caras.
Nas cadernetas há espaço para anotações, consultas do bebê, caderneta completa da criança e são duas páginas para vacina. Essa custa R$ 80.
O Ministério da Saúde informou que a quantidade de cadernetas é definida com base nos dados do sistema de informações de nascidos vivos de um ano para outro e que, em 2019, 2,6 milhões de exemplares foram entregues, já em 2020, caiu para 660 mil.
Segundo o Ministério da Saúde, a produção de cadernetas de saúde da criança atrasou por causa da pandemia e que a a primeira distribuição desse ano, 11 milhões de exemplares, está prevista pra este mês, o último de 2021.
Esse hospital que faz parte da rede cegonha – programa de planejamento reprodutivo do Sistema Único de Saúde (SUS), criou uma alternativa, por conta própria.
O médico Marcelo Sandrim disse que, na clínica dele, foi criada um folheto de anotações. “Criamos uma cadernetinha ínfima, na realidade um folheto bonitinho, que dentro tem exatamente o que precisa ser feito para levar uma criança a manter a vacinação, pelo menos até os 2 anos”, afirmou.
Para tomar vacina no posto de saúde, não é obrigatório ter a caderneta de saúde da criança, mas ela é a melhor forma dos pais organizarem a imunização dos filhos para dezenas de doenças.
“Estamos tendo uma média de 35 procedimentos obstetrícia dia, 30 são aptos. As crianças demanda alta, e a alta já se faz o que é possível fazer aqui. Obviamente recebe as orientações mas não bastava sem caderneta para se comunicar com poder público. É um documento estatal, público. É uma obrigação nossa, dar as informações adequadas para o bom andamento dessas crianças, vacinação”, afirmou.
InformaMT/G1