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A greve dos policiais penais entrou no 12º dia das greve para cobrar melhores condições salariais e a categoria continua descumprindo as decisões judicias, que determinaram o retorno ao trabalho.
Nesta segunda-feira (27), houve protesto da categoria no Centro de Cuiabá. A concentração foi na Praça da República. Com um carro de som, os servidores percorreram algumas ruas do centro da cidade.
Os policiais penais pedem equiparação salarial com as outras polícias, o que, na média, dobraria a folha salarial da categoria. Os servidores dizem que o governo chegou a oferecer reajuste de 15% em uma reunião no Palácio Paiaguás. O governo negou que tenha oferecido a proposta.
Por causa disso, na sexta-feira (24), a Justiça determinou a suspensão dos salários dos policiais penais e determinou também que as polícias Civil e Militar poderão prender os grevistas em caso de descumprimento da ordem e estabeleceu multa de dez salários mínimos por dia.
Na última sexta-feira, o desembargador Pedro Sakamoto, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) determinou o corte de salário, multa para quem estiver em greve, uso das policias para garantir a segurança das unidades prisionais, a prisão de servidores que desobedecerem a decisão e multa de 10 salários mínimos por dia de greve.
Neste domingo (26), saiu a terceira decisão judicial contra o movimento grevista e ela foi ainda mais dura.
O desembargador subiu a multa para R$ 200 mil por dia de greve ao sindicato, e de R$ 50 mil por dia aos dirigentes da entidade.
Para que essa decisão seja cumprida, determinou o bloqueio das contas do sindicato e dos dirigentes.
A Justiça ainda aplicou de multa pessoal de R$ 50 mil para o policial penal que impedir a entrada de mercadorias e veículos nas unidades prisionais e também para aqueles que impedirem que outros servidores trabalhem nas unidades; o afastamento do presidente do Sindicato Estadual dos Agentes Penitenciários (Sindspen) e o bloqueio dos ativos financeiros do sindicato para garantir o pagamento dessas multas.
Os policiais penais entraram em greve no último dia 16. Eles cobram reajuste salarial de 50% e o estado ofereceu 15%.
Os profissionais suspenderam 12 atividades dentro das unidades prisionais, entre elas, o recebimento de novos presos, as visitas de parentes e advogados e o banho de sol dos reeducandos.
No mesmo dia, o governo entrou na Justiça, que concedeu liminar decretando a ilegalidade da greve.
O sindicato da categoria alega que, até o momento, não foi notificado de nenhuma das três decisões, mas o dirigente também diz que a sede do sindicato está fechada para o recesso de fim de ano.
InformaMT/G1