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Cerca de R$ 43 milhões são dirigidos para o combate de incêndios florestais em Mato Grosso, neste ano, de acordo com a secretário do meio ambiente, Mauren Lazzaretti. Além disso, por meio do Corpo de Bombeiros, os brigadistas que vão ajudar no período de queimadas já começaram a ser capacitados e treinados.
Desde maio, Mato Grosso está em situação de emergência por causa da estiagem. A grande preocupação neste ano é evitar incêndios como os que aconteceram no ano passado e destruíram grande parte do Pantanal.
De acordo com a secretária, desde o final do ano passado, o estado iniciou o planejamento das ações e um Plano de Combate aos Incêndios Florestais 2021. Em janeiro, a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) começou a implementação desse planejamento, que foi aprovado pelo comitê estratégico.
Ações previstas pelo órgão tiveram um total de R$ 73 milhões para todo o estado. Desse valor, R$ 43 milhões são dirigidos especificamente para o combate dos incêndios florestais distribuídos em ações preventivas e repressivas.
Em março, o Corpo de Bombeiros e as estruturas de educação ambiental iniciaram as capacitações com os brigadistas indígenas, municipais e as brigadas privadas da população tradicional. Segundo a secretária, o Pantanal teve um esforço expressivo para o combate às queimadas.
“Concentramos um esforço expressivo no Pantanal. São mais de 400 brigadistas treinados para que eles possam auxiliar nessa primeira resposta nos incêndios florestais nas propriedades privadas”, contou.
Para as áreas públicas, que são de atribuição estadual, o governo contratou todo o efetivo do Corpo de Bombeiros, Batalhão Ambiental, Sema e mais 100 brigadistas que já iniciaram as atividades. Na última semana, a secretaria deu início à operação ‘Abafa’, que é resposta à esse período crítico, o período proibitivo que se iniciou em 1° de julho.
Para as áreas de conservação federal, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) estão apoiando na contratação de brigadistas e no combate ás terras indígenas e assentamentos.
Toda essa estrutura incorpora o Exército e a Defesa Civil nas ações.
Recuperação do Pantanal
Segundo a Secretaria do Meio Ambiente, desde o ano passado, o governo de Mato Grosso fez uma parceria com a Embrapa Pantanal para que novos estudos pudessem apoiar o governo na recuperação do bioma.
Além disso, a Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) também lançou quatro editais com o objetivo de realizar estudos adicionais das melhores medidas a serem implementadas para ações de recuperação no pantanal.
“Estamos em discussão também com o Ministério do Meio Ambiente para ações de recuperação do Pantanal e fortalecimento de combate aos incêndios florestais. Lembrando também que o Corpo de Bombeiros inaugurou uma nova base em Poconé”, contou.
De acordo com o a secretária de Meio Ambiente, o órgão está finalizando um termo de cooperação com o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) para que a unidade de Poconé se transforme em um posto de atendimento aos animais silvestres.
Todas as ações de capacitação dos profissionais vão continuar no período proibitivo com menor intensidade e todas essas operações do governo vão ser ajustadas no momento em que a equipe estiver em campo.
Cadastro Ambiental Rural
Para fazer a implementação completa do Código Florestal é preciso que o estado analise esses cadastros o mais rápido possível. Questionada sobre a validação do Cadastro Ambiental Rural, a secretária contou que é uma prioridade do governo analisar todos e validar de forma rápida.
Ela ainda explica que o governo contratou novas equipes para conseguir analisar todos.
“Fizemos uma série de melhorias, contratamos equipes e analisamos 40% dos cadastros que estão na nossa base. São mais de 50 mil análises, o que representa um percentual maior do que todo o cenário brasileiro”, explicou.
Em parceria com o Instituto Ação Verde e como setor produtivo, o governo está lançando um novo projeto de uma plataforma externa para melhorar a qualidade das informações que são apresentados dentro do sistema Sistema Mato-grossense de Cadastro Ambiental Rural (Simcar) e, com isso, aumentar a agilidade nos cadastros.
O objetivo dessa plataforma é que com o recebimento de dados de acordo com as bases de referência e por dentro do que estabelece tecnicamente, a secretaria consiga ampliar a análise e torná-la mais rápida.
De acordo com a secretária, aproximadamente 10% dos cadastros já foram analisados. O objetivo é ampliar para 80% e, com isso, o Código Florestal poder ser implementado em Mato Grosso.
InformaMT/G1