“Nova York está cheia de ratos” – Ibaneis Rocha, governador do DF (MDB), depois de o governo dos EUA recomendar que seus cidadãos evitem visitar Brasília. É, mas muitos desses são os convidados brasileiros chegando para o próximo convescote do Doria.
“As pessoas não sabem o quanto o surfe é racista, xenófobo, LGBTfóbico e principalmente transfóbico” – Nuala Costa, ex-surfista, denunciando o esporte em evento da ONU. Único esporte que não é transfóbico é a sinuca, todo mundo sabe por quê.
“Donald Trump está nos arquivos de Epstein. Essa é a razão pela qual eles ainda não foram divulgados” – Elon Musk, soltando bomba após término do relacionamento com o presidente americano. Sinto muito pela separação, mas, em termos práticos, quem fica com a custódia das sanções contra o STF?
“Apesar de ter sido condenado a 98 anos de prisão, o empresário Paulo Cupertino não vai passar todo esse tempo detido” – reportagem do jornal O Globo. A não ser que o Brasil finalize o tratado de extradição com o Coisa-Ruim, que anda travado desde que ele se recusou a receber o Sarney.
“Henrique não matou, só houve acusação de crime de ocultação de cadáver. Ontem foi concedida a liberdade e ele saiu da prisão hoje” – Ricardo Marins, advogado de Henrique de Souza Ribeiro, acusado de ajudar a esconder o corpo da ex-cunhada, a quem o irmão teria assassinado. Calma lá, essa coisinha à toa não é motivo para colocar o rapaz junto aos criminosos de alta periculosidade que acamparam em frente aos quartéis.
“Os cidadões [sic] da cidade” – Jair Renan Bolsonaro, vereador de Balneário Camboriú-SC (PL), sobre quem seriam as vítimas das pautas de gênero planejadas pela prefeitura da cidade. Tudo bem combater os pronomes, mas deixe o plural em paz.
“Um brinde a você” – Joice Hasselmann, ex-deputada federal, debochando da condenação da ex-colega Carla Zambelli. O bom de estar desempregado é que você pode beber durante o dia.
“Gilberto Gil e Chico Buarque rejeitam o ‘cálice’ da censura em emocionante e histórico reencontro em show no Rio” – Mauro Ferreira, jornalista. Não só rejeitaram, como repassaram o cálice para o Léo Lins tomar um gole.
A Semana de Painho
“Se estiver bonitão do jeito que estou, a extrema direita não volta a governar” – Lula, em mais um evento de campanha antecipada. Pelo visto, o amigo do Lula não tem espelho em casa.
“Estamos tirando 13 bilhões de pessoas da miséria da água” – Lula, durante evento de campanha não oficial. Certamente não é uma estimativa sóbria.
“Não é possível que o mundo seja transformado em um banco de mentiras” – Lula, sobre importância da parceria com a ditadura chinesa para censurar redes sociais. Mas, se fosse, ele já até saberia quem indicar para a diretoria.
“Deram tanto trabalho para ela que ela não consegue engordar” – Lula, comentando sobre a forma física da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Bem que podia dividir parte dessa carga com a Simone Tebet; ela está com cara de quem passa o dia inteiro sem fazer nada.
“Todos queremos a paz, mas não podemos tratar os dois lados de maneira similar” – Emmanuel Macron, presidente da França, reprimindo Lula sobre as responsabilidades de Rússia e Ucrânia no processo de paz. Apanhou da esposa e agora quer descontar no pobre do Lula?
“Hoje a imprensa é o quarto poder ou o quinto?” – Lula, em pergunta a jornalistas. Depende, o poder paralelo já está em quarto?
O Quarto Poder
“MC Poze do Rodo declara ser ligado ao Comando Vermelho” – manchete da CNN Brasil, sobre funkeiro preso por associação ao tráfico. Nunca desconfiaria. Jurava que ele era ligado a alguma cátedra em Oxford.
“Não quer tumulto na frente do presídio então vai prender bandido não MC” – Oruam, o Mauro ao contrário, funkeiro filho de líder do CV, sobre a prisão de MC Poze do Rodo. “MC”, para quem não conhece o funk carioca, é sigla para “Membro do Comando”.
“Sou trabalhador, artista” – MC Poze do Rodo, funkeiro membro do CV preso, e depois solto, esta semana. Um verdadeiro Picasso da Fase Vermelha.
“Eu fico impressionada com a hipocrisia de quem tá defendendo a prisão de um artista” – Talíria Petrone, deputada federal (PSOL-RJ). Suas músicas são apenas obras de facção.
“Eles usavam motosserras para esquartejar seus inimigos e ainda jogavam futebol com suas cabeças” – Antonio José Campos Moreira, procurador-geral da Justiça do RJ, sobre atividades do CV no Ceará. Começam prendendo os “artistas”, daqui a pouco vão querer prender os “atletas” também.
Diário da Corte
“Precisamos ganhar maioria no Senado, senão vão avacalhar o STF” – Lula, sobre as eleições de 2026. Igualzinho a quando avacalharam o Mensalão e o Petrolão.
“Supremo tem dever de impor a lei às redes sociais ” – editorial do jornal O Globo. Censura antes, legisla depois.
“Ou mentiu na polícia ou mente aqui” – Alexandre de Moraes, ministro do Supremo (STF-SP), dando bronca durante depoimento do general Freire Gomes. A mentira segue sendo apenas uma tecnicalidade de foro.
“Sejam inimigos nacionais, sejam internacionais, o país soberano como o Brasil sempre saberá defender sua democracia” – Alexandre de Moraes. O STF continua em alerta caso o povo tente mais um atentado a votos contra a democracia.
“Fui chamado de inquisidor, risível diante do que se vê hoje” – Marcelo Bretas, ex-juiz da Lava Jato no RJ, após condenação no CNJ. Nos dias de hoje não dá mais para chamar nem a própria Inquisição Espanhola de inquisidora.
Desfazendo o L
“O governo não tem um caminho para o país” – Arminio Fraga, economista e ex-presidente do Banco Central. Tem sim: o caminho de Caracas.
“Direita democrata deve rechaçar bolsonarismo” – Lygia Maria, jornalista. A direita “democrata” é aquela que perde até pro PSOL no primeiro turno e vira cabo eleitoral do PT no segundo.
“Tem uma tradição no Brasil de usar empresas estatais para benefício político (…) principalmente quando tem o PT no poder” – Elena Landau, economista luloadjacente. Landau tem mesmo fama de só pegar no tranco.
Gabinete de Crise
“O governo federal vai pagar com recursos da União” – Bessias, ministro da AGU, explicando como será feito o ressarcimento pela fraude no INSS. Ideia genial, ressarcir a vítima com seu próprio dinheiro.
Lula traz estabilidade até emocional para o país
Fernando Haddad, ministro da Fazenda. Aquele quadro estável de neurose crônica.
“O PSB tem história e tem futuro, sempre esteve no lado certo” – Geraldo Alckmin, comemorando os 40 anos de seu atual partido. O lado que distribui mais cargos.
Israel x Palestina
“Metade das emissões diretas do conflito vem do uso de armas, tanques e munições pelo Exército israelense; foguetes do Hamas correspondem a apenas 0,2% do total” – levantamento do The Guardian, jornal britânico. Da próxima vez que invadirem seu país, matarem bebês e estuprarem jovens, não revide: combater o terrorismo pode elevar a temperatura do planeta.
“Eliminamos o líder do Hamas, novamente. Ele também é um Sinwar” – comunicado das Forças de Defesa de Israel. Com amigos assim, o Alckmin vai acabar gastando mais com coroas de flores do que a Janja gasta com passagens.
“Israel não é uma democracia, é um Estado colonial” – Reginaldo Nasser, cientista político. Ao contrário do Irã, onde a democracia floresce entre enforcamentos e apedrejamentos.
“É uma vingança de um governo contra a possibilidade de criação do Estado Palestino. Não é uma guerra, é um genocídio” – Lula, sobre conflito na Terra Santa. Tudo o que o Hamas queria era cometer um atentado para ganhar um terreninho.
As profissões mais antigas do mundo
“1.400.000 mães, filhas, irmãs e esposas” – anúncio de aplicativo de proxenetagem na capa da Folha de S. Paulo, ressaltando estimativa do número de prostitutas no país. Uma jogada de marketing arriscada, que pode acabar manchando a reputação… do aplicativo.
“Desafios e perspectivas da profissão” – audiência proposta pelo deputado estadual João Paulo (PT), em parceria com a Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular da Assembleia Legislativa de Pernambuco, em referência ao Dia das Prostitutas. Más línguas dizem que as damas da noite não gostaram de ver a profissão associada ao PT.
“Respeita meu job” – campanha do Ministério Público Federal, defendendo a prostituição. As instituições seguem se virando como podem.
Ari Fusevick é brasileiro não-praticante. Escreve sobre filosofia, economia e política, na margem entre o inconcebível e o indesejável. Colabora com a Gazeta do Povo, Newsmax e New York Post. Autor da newsletter “Livre Arbítrio” e do livro “Primavera Brasileira“.
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noticia por : Gazeta do Povo