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quarta-feira, fevereiro 5, 2025

Motogirls em Londres: brasileiras montam rede de entregadoras e compartilham experiências; VÍDEO


O Profissão Repórter desta terça-feira (4) conheceu as trabalhadoras que ganham a vida sendo motoqueira na capital britânica. Motogirls em Londres: brasileiras montam rede de entregadoras e compartilham experiências
O Profissão Repórter desta terça-feira (4) conheceu brasileiras que prestam serviço de entrega em Londres. Uma delas é Natasha Mendes, que compartilha diariamente para mais de 20 mil pessoas na internet como é a vida sendo motogirl na capital britânica.
“Gosto de fazer vídeo e de trabalhar com delivery. Então, juntei as duas coisas e comecei a mostrar meu dia a dia. Quase não tinha mulher nesse serviço, aí elas ficavam doidas querendo vir, e aí veio uma enxurrada de menina perguntando para mim como é trabalhar na moto, como que fazia e tal”, conta Natasha.
Natasha Mendes compartilha diariamente na internet como é a vida sendo motogirl em Londres
Reprodução/TV Globo
Hoje, mais de 500 brasileiras participam do grupo criado por Natasha para trocar experiências sobre o trabalho. Entre elas está Sheyla Martins, de 45 anos, que saiu de Goiás há dois anos.
“Foi por necessidade, família, filhos”, diz Sheyla.
Motogirls em Londres: brasileiras montam rede de entregadoras e compartilham experiências
Reprodução/TV Globo
Retina de desafios e resistência
Brasileira mostra como é a vida sendo motogirl em Londres; VÍDEO
Para sustentar os dois filhos no Brasil e pagar as contas em Londres, Sheyla enfrenta 14 horas em cima de uma moto. O Profissão Repórter acompanhou ela em um dia de trabalho. Foram 15 bairros percorridos, 40 entregas e mais de 14 horas de trabalho. Veja no vídeo acima.
O trabalho de uma motogirl vai além de pilotar. Sheyla sobe e desce escadas de prédios sem elevador para entregar pedidos.
“Perde até o ritmo quando pega uma dessa, ganhando uma mixaria”, diz.
Brasileira mostra como é a vida sendo motogirl em Londres
Reprodução/TV Globo
Por cada entrega, Sheyla recebe cerca de R$ 30. No fim do mês, gasta mais de R$ 3.500 apenas com gasolina e seguro da moto. Além do esforço físico, encara frio, chuva e horas sem comer.
Brasileira mostra como é a vida sendo motogirl em Londres
Reprodução/TV Globo
Longe dos filhos
Profissão Repórter conta história de brasileira que virou motogirl em Londres
Sheyla conta que decidiu deixar o Brasil por condições financeiras.
“Minhas condições profissionais não estavam legais mais e eu não estava conseguindo manter a minha família. Eu sou pai e mãe”, afirma.
Há quase três anos em Londres, divide a casa com quatro imigrantes. Quase tudo que ganha vai para os filhos no Brasil: Lucas Martins, de 22 anos, e Anna Clara Martins, de 13.
“Descobri que a Anna tinha TDAH e dislexia aos 8 anos de idade. Eu não estava tendo condições de pagar o tratamento da minha filha. Isso foi um dos motivos que eu decidi vir embora”, explica.
Lucas Martins e Anna Clara Martins, filhos de Sheyla
Reprodução/TV Globo
Sheyla passou mais de dois anos sem ver os filhos. Em dezembro de 2024, conseguiu juntar dinheiro para reencontrar Lucas. O momento emocionante foi registrado por uma amiga no aeroporto em Londres (veja imagem abaixo).
Sheyla reencontra filhos após dois anos longe
Reprodução/TV Globo
Veja a íntegra do programa abaixo:
Edição de 04/02/2025
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Fonte: G1

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