O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirma que a PM (Polícia Militar) da capital é uma das melhores do país e que “tem sua corregedoria para apurar e punir eventuais excessos de conduta”.
A declaração foi dada à coluna depois de a reportagem questionar Nunes sobre os dois recentes casos de violência policial na cidade e se, em sua opinião, os treinamentos dados aos agentes precisam ser revistos.
No domingo (18), um jovem de 19 anos foi morto a tiros pela PM dentro da própria casa, na Vila Andrade, zona sul. Ele havia fugido de abordagem porque estava sem capacete e CNH (Carteira Nacional de Habilitação), segundo a família.
No mesmo dia, um homem foi agredido por policiais com golpes de cassetete e chutes. Segundo os agentes, ele estaria com uma moto roubada. A PM afastou os três agentes e investiga o episódio.
O prefeito ainda disse que, nos últimos seis meses, 1.167 foragidos da Justiça foram presos pela polícia municipal (antiga Guarda Municipal) “sem que um único tiro fosse dado”.
A Polícia Militar é de responsabilidade do estado. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública afirmou que todas as circunstâncias dos fatos são investigadas pelo DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) e pela Polícia Militar por meio de Inquérito Policial Militar.
Em coletiva de imprensa, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que o Estado não vai tolerar violência praticada por policiais.
“A gente não vai tolerar a violência policial, não vai tolerar excessos. Essas abordagens serão investigadas, imediatamente esses policiais já são afastados. É o que aconteceu [nesses casos], eles ficam à disposição da Corregedoria, fora do serviço de rua até o esclarecimento. Havendo constatação de que houve excesso, eles vão ser punidos severa, rigorosamente”, disse Tarcísio.
O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PP) foi procurado, mas não deu retorno até esta publicação.
com KARINA MATIAS, LAURA INTRIERI, MANOELLA SMITH e VICTÓRIA CÓCOLO
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noticia por : UOL