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quarta-feira, janeiro 15, 2025

Meta diz à AGU que, em nome da liberdade, permitirá chamar LGBT+ de doença

O termo “censura”, aliás, funciona há tempos como um gatilho para mobilizar extremistas. Costuma ser empregado por lideranças desses grupos quando o seu “direito” de calar ou incitar violência contra mulheres, negros, religiões de matriz africana, migrantes, pessoas LGBT+ está em risco.

As Big Techs vem abraçando a defesa da “liberdade de expressão”, engajando-se contra projetos de legislação na Europa, no Brasil ou na Austrália que regulem sua responsabilidade sobre o conteúdo publicado. Não porque estão preocupadas, de fato, com censura de fato, mas com o gasto multibilionário que terão que fazer, em todo o mundo, para monitorar crimes cometidos em suas redes sociais.

A Meta está ganhando tempo. Se dependesse do escritório brasileiro, Zuckerberg não teria dado a declaração que deu, alinhando-se ao governo Trump em busca da tão sonhada “liberdade absoluta” para o seu negócio.

Com isso, ela pode ser suspensa por aqui, caso se negue a cumprir ordens judiciais de remoção de conteúdo contra a população LGBT+, por exemplo. O ministro Alexandre de Moraes reafirmou ontem que redes só operam no Brasil se respeitarem as leis vigentes no país, independentemente de “bravatas de dirigentes irresponsáveis”. Zuckerberg, que tinha dado um recado para a Suprema Corte brasileira ao falar “de cortes secretas” na América Latina onde decisões são tomadas, também recebeu um de Moraes.

Ele deve apostar que sua empresa, ao contrário da companhia de Elon Musk, é muito grande para cair, pois está integrada à economia. Para não rasgar dinheiro, conviria a ele ouvir sua equipe da filial de São Paulo a fim de entender como funciona o Brasil, a nossa Constituição, o STF e o tamanho do faturamento dele por aqui – imensamente maior que o do X.

noticia por : UOL

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