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quarta-feira, dezembro 18, 2024

Homem condenado por matar o próprio irmão e mais 3 é executado por injeção letal nos EUA


Foi a primeira execução de pena de morte em 15 anos realizada no estado de Indiana. Segundo relato, as últimas palavras de Joseph Corcoran, de 49 anos, que foi condenado em 1997, foram: ‘Vamos acabar logo com isso’. Joseph Corcoran
Indiana Department of Corrections via AP
Um homem de Indiana, nos Estados Unidos, condenado em 1997 por matar quatro pessoas – incluindo o próprio irmão -, foi executado na manhã desta quarta-feira (18). Foi a primeira execução no estado em 15 anos.
Joseph Corcoran, de 49 anos, foi declarado morto à 0h44 do horário local, na Prisão Estadual de Indiana, em Michigan City.
O Departamento de Correções de Indiana forneceu detalhes limitados sobre o processo de execução, que ocorreu através de uma injeção letal. Estava programado o uso do poderoso sedativo pentobarbital, mas o comunicado da agência estadual não mencionou a droga.
Segundo o relato do departamento, Corcoran pediu sorvete Ben & Jerry’s como sua última refeição e suas últimas palavras foram:
“Na verdade, não. Vamos acabar logo com isso”.
Quatro pessoas assistiram à execução através de uma janela unidirecional em uma pequena sala adjacente, onde só havia uma visão parcial e não se ouvia nada, disse o advogado de defesa, Larry Komp: ele, dois familiares do condenado e um repórter do Indiana Capital Chronicle que foi escolhido por Corcoran como uma de suas testemunhas.
Indiana e Wyoming são os únicos dois estados que não permitem que membros da mídia testemunhem execuções estaduais, de acordo com um relatório recente do Centro de Informações sobre Pena de Morte.
De acordo com o Indiana Capital Chronicle, as testemunhas só foram autorizadas a assistir à execução, que durou 44 minutos, por seis minutos antes que as persianas da sala de exibição fossem fechadas. Corcoran, cujo pastor foi autorizado a ficar na sala com ele durante a execução, “parecia acordado com os olhos piscando, mas, de resto, imóvel e silencioso”, de acordo com o jornal.
Em uma petição aos tribunais federais, incluindo a Suprema Corte dos EUA, a defesa de Corcoran pediu a suspensão da execução ou a concessão de clemência por parte do governador, argumentando que ele sofre de “esquizofrenia paranoica grave e de longa data”.
Corcoran foi condenado em julho de 1997 por matar o irmão, James Corcoran, de 30 anos; o noivo de sua irmã, Robert Scott Turner, de 32 anos; e outros dois homens, Timothy G. Bricker, de 30 anos, e Douglas A. Stillwell, de 30 anos.
De acordo com os registros do tribunal, antes de Corcoran atirar fatalmente nas quatro vítimas, ele estava sob estresse porque o casamento iminente de sua irmã com Turner exigiria que ele saísse da casa que dividia com os irmãos em Fort Wayne, Indiana.
A irmã dele, Kelly Ernst, disse acreditar que a pena de morte deveria ser abolida e criticou a decisão do estado de executar seu irmão uma semana antes do Natal.
“Minha irmã e eu, nossos aniversários são em dezembro… Parece que isso vai arruinar o Natal para o resto de nossas vidas. É exatamente isso”.
Sala de execução da pena de morte no Alabama
AP Photo/Dave Martin, File
Em setembro, cinco presidiários condenados à morte, em cinco estados diferentes – Alabama, Missouri, Oklahoma, Carolina do Sul e Texas -, foram executados na mesma semana, um número anormalmente alto e que desafia uma tendência de anos de declínio, tanto no uso quanto no apoio à pena de morte, nos Estados Unidos.
Foi a primeira vez em mais de 20 anos – desde julho de 2003 – que cinco foram realizadas em sete dias, de acordo com a organização sem fins lucrativos Death Penalty Information Center.
“Dois em um único dia é incomum, e quatro em dois dias na mesma semana também é muito incomum”, disse Maher.
Especialistas dizem que cinco execuções programadas para uma semana são simplesmente uma anomalia que resultou de tribunais ou autoridades eleitas em estados individuais definindo datas quase na mesma época depois que os presos esgotaram seus recursos.
“Não tenho conhecimento de nenhuma outra razão além de coincidência”, diz Eric Berger, professor de direito na Universidade de Nebraska.
Segundo Berger, que é especialista em pena de morte e injeção letal, alguns fatores podem resultar em um acúmulo de execuções, como a incapacidade de um estado de obter as drogas letais necessárias para realizá-las, o que aconteceu na Carolina do Sul, ou uma moratória resultante de execuções malfeitas, como o que aconteceu em Oklahoma.
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Fonte: G1

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